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Governo estadual admite que pretende terceirizar o ensino público

O plano da reestruturação da educação da rede pública estadual vai além do fechamento anunciado de 94 escolas do Estado de São Paulo. A medida vai superlotar classes e provocar polêmicas

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Foguinho/Imprensa SMetal

Representante do governo Alckimin confirmou plano de privatização durante debate dia 6 na Câmara de Sorocaba

O plano da reestruturação da educação da rede pública estadual vai além do fechamento anunciado de 94 escolas do Estado de São Paulo. A medida do governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai superlotar classes e provocar polêmicas em cidades que não querem a municipalização do ensino.

Em audiência pública realizada na manhã de sexta-feira, dia 6, na Câmara Municipal, o diretor regional de ensino, Marco Aurélio Bugni – que cumpria o papel de representar a Secretaria Estadual de Educação – confirmou que o processo de reestruturação do governador tucano caminha para terceirizar o ensino público estadual.

A intenção é abrir espaço para parcerias entre a Secretaria Estadual de Ensino com organizações sociais.

Bugni representou o secretário estadual de educação, Herman Voorwald, que foi convidado pelo presidente da audiência, o vereador Izídio de Brito (PT).

Antes da fala do representante da Secretaria Estadual de Educação a diretora estadual da Apeoesp, Maria Sufaneide Rodrigues, ressaltou que não houve democracia nem planejamento para essa reestruturação. “Inclusive, nenhum prefeito quer assinar convênio de municipalização, nem os do mesmo partido do governador (PSDB)”.

Logo depois, o deputado estadual Raul Marcelo (Psol) expôs que o governador já fechou 3.390 salas de aula no Estado e que imita um modelo que não deu certo nos Estados Unidos, o de transferir a responsabilidade da educação para o terceiro setor e, em seguida, partir para a privatização. Modelo confirmado por Bugni.

Os representantes dos movimentos estudantis União da Juventude Socialista (UJS),Vinicius Vianna e Abimael Ribeiro, da União Sorocabana de Estudantes Secundaristas (Uses) também expuseram os contras da reestruturação.

De acordo com o vereador Izídio de Brito, que convocou a audiência, o projeto do governo do Estado desvirtua o verdadeiro papel da educação. “Com tanta contradição, o único caminho que vejo é o da judicialização, para barrar essa situação”, finalizou Izídio.

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