Para alívio de muitas gestantes que esperam por um parto normal, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS)anunciaram, nessa terça-feira (6), medidas para brecar o que chamam de “epidemia” de cesáreas no Brasil.
As novas normas para estimular o parto normal e reduzir o número de cesarianas na rede privada de saúde começarão a valer em seis meses.
Elas foram estipuladas após consulta pública realizada entre outubro e novembro de 2014 pela ANS, processo pelo qual receberam contribuições da sociedade e dos planos de saúde.
A partir das novas regras os planos poderão, inclusive, deixar de pagar médicos que façam cesarianas desnecessárias.
A sorocabana Carla Arruda, 31, trabalha como doula e presta assistência às gestantes antes, durante e depois do parto natural. Para ela, que é mãe de Heloísa, 3 e de Henrique, 5, as medidas anunciadas ontem, pelo governo, servem para alertar a sociedade sobre os riscos da prática desenfreada e, muitas vezes, desnecessária de cesáreas.
Mas ela ressalta que como no Brasil a maioria dos obstetras estão acostumados a fazer cirurgias é preciso também “que eles passem por treinamento para realizar um bom parto normal”.
O prazo para informar as consumidoras de plano de saúde sobre os percentuais de cesáreas e partos normais foi reduzido de 30 para 15 dias. A multa por não prestar informação será de R$ 25 mil. Segundo o Ministério da Saúde, também foram incorporadas sugestões que vão dar maior clareza na definição do método de cálculo.
Confira no link abaixo dados da ANS sobre cesáreas.
http://www.ans.gov.br/portal/site/home2/destaque_22585_2.asp