Enquanto o trabalhador dá duro diariamente para garantir o salário todo mês, os valores de itens básicos para o dia a dia seguem sofrendo constantes altas e reduzindo cada vez mais o poder de compra dos brasileiros.
Um levantamento realizado pelo Observatório Social da Petrobras, divulgado na última quarta-feira, dia 27, demonstra que botijão de gás de 13 quilos, por exemplo, já custa o equivalente a 9,36% do salário mínimo, que hoje é de R$ 1.212. Esse é o maior patamar de representação do gás sobre o salário mínimo em 15 anos.
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), na última semana, o gás de cozinha foi vendido, em média, por R$ 113,24 no país. Em Sorocaba, os valores também estavam próximos da média mensal, custando R$ 110,33. Porém, chegou a ser vendido por até R$ 117,00 em alguns comércios locais.
Na média mensal, o preço do botijão no país chegou a R$ 113,48, alcançando o maior valor real da série histórica, que teve início em julho de 2001. O valor é mais que o dobro do auxílio gás pago pelo governo federal às famílias de baixa renda, que atualmente está em R$ 51 – 44,5% do preço médio.
“Onde vamos parar?”, questiona o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares. “Todo mês é sempre isso. Vemos o nosso salário indo embora com altas consecutivas em itens básicos e extremamente necessários, sem qualquer ação por parte do poder público para barrar essas disparidades”, critica.
Outros itens, como combustíveis e produtos alimentícios, também têm sofrido diversas altas durante os últimos meses. “O cenário econômico do país vai de mal a pior. Inflação desenfreada, custo de vida caríssimo, população cada vez mais pobre, e o governo federal preocupado apenas em proteger um deputado já condenado. Precisamos dar um basta nessa situação antes de seja tarde demais e não haja como reverter essa triste situação”, assegura Leandro.