O Grupo de Atuação Especial de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Sorocaba, investiga denúncias sobre a existência de um esquema de corrupção relacionado à pagamento de propina envolvendo a 114º Ciretran, de Piedade.
O esquema envolve as empresas cadastradas para realizar as vistorias de veículos automotores naquela cidade e na cidade de Tapiraí.
Segundo informações da denúncia empresas de vistoria eram obrigadas a pagar propina ao delegado titular para operarem na cidade. Essa quantia ilícita seria cobrada, semanalmente, por um funcionário público, que também é vereador da cidade.
Além da primeira vistoria, era exigida uma “segunda vistoria”, ainda, dos mesmos veículos, sem amparo legal, segunda vistoria esta que era realizada pelo filho do delegado diretor da Ciretran.
De acordo com o Gaeco, as apurações iniciais comprovam a existência de quadrilha pelo menos desde 2010, formada para a prática de crimes continuados de concussão, que é a extorsão praticada pelo funcionário público no exercício da função.
A Justiça de Piedade decretou, a prisão temporária do delegado, seu filho e do vereador, por cinco dias, mandados esses que foram cumpridos na tarde desta quinta-feira, dia 20, por promotores do Gaeco e por policiais da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo. Buscas e apreensões estão sendo feitas na Ciretran de Piedade e nas casas dos investigados.
Após interrogatório na sede do Gaeco os acusados serão levados ainda hoje para o presídio da Polícia Civil, em São Paulo.