Em negociação com a federação dos metalúrgicos da CUT/SP (FEM) esta semana, o Grupo 8 ofereceu 5% de reajuste salarial. Como a inflação acumulada até julho é de 4,36%, a proposta patronal representa 0,61% de aumento real, no máximo.
A resposta dos metalúr¬gicos da CUT à proposta do G8 e à lentidão dos demais grupos patronais será mais mobilização nas fábricas e o início das paralisações na próxima semana.
“Parece que os patrões estão duvidando da capacidade de mobilização dos metalúrgicos da CUT, mas vamos provar o contrário”. Com essa frase, carregada de indignação, o sindicalista João Farani explica que o Grupo 8, em negociação esta semana ofereceu apenas 5% de reajuste nos salários, incluindo reposição da inflação e aumento real.
Farani é diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região e vice-presidente da FEM-CUT, que representa a categoria nas negociações estaduais.
Como a inflação acumulada de setembro de 2009 a julho deste ano está em 4,36%, o reajuste oferecido pelo G8 representa apenas 0,61% de aumento real. Isso sem contar que a inflação de agosto ainda não foi apurada, o que pode reduzir ainda mais o aumento real.
Nos demais grupos metalúrgicos, as negociações também não avançaram. A data-base da categoria é 1º de setembro.
Devido ao impasse, o Sindicato intensificou a mobilização da categoria esta semana, prevendo a possibilidade de paralisação a partir do dia 22.
Mobilizações
Nesta segunda, dia 16, os trabalhadores da Enertec participaram de uma assembleia de mobilização na entrada do primeiro turno. Na terça, foi a vez dos metalúrgicos da Prysmian, Cooper Tools, ZF (Brasil e Sistemas) e Gerdau de Araçariguama darem suas colaboração para alavancar a campanha salarial, participando das assembleias sindicais.