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Funcionários terceirizados de UBSs paralisam o serviço de limpeza

200 funcionários da Mopp Sistema de Limpeza, que administra a limpeza dos postos de saúde, estão sem receber salários e benefícios (13º, cesta básica, vale transporte e tíquete alimentação

José Antonio Rosa / Jornal Cruzeiro do Sul
Assis Cavalcanti / Prefeitura de Sorocaba

Sem receber salários e benefícios (13º, cesta básica, vale transporte e tíquete alimentação), cerca de 200 funcionários da Mopp Sistema de Limpeza, empresa terceirizada que administra a limpeza de postos de saúde de Sorocaba, paralisaram nesta terça-feira (03) suas atividades. Eles participaram de um protesto em frente à Prefeitura para denunciar o drama que enfrentam.

Os trabalhadores têm executado o que chamaram de “manutenção básica” das unidades, mas anunciaram que deixarão de realizar os serviços caso não tenham a reivindicação atendida. Os trabalhadores denunciam que há algum tempo estão sujeitos ao problema, já que a empresa alega que não recebe o pagamento pela prestação do serviço da Prefeitura. “É um jogo de empurra. Lá, dizem que o governo não paga, aqui que já pagaram. E, enquanto isso, ficamos nós no aguardo de uma solução para o nosso caso”, reclamou Regina Aro. O grupo se reuniu no Paço com o secretário-chefe do Gabinete Central da nova gestão, Hudson Zuliani.

Zuliani, segundo os funcionários, teria garantido que o depósito dos valores em atraso seria efetuado até o final da tarde, mas eles constataram junto às respectivas contas bancárias que a promessa não foi cumprida. Os grevistas prometem nova manifestação para amanhã, quinta-feira, em frente à Prefeitura, se a situação não for regularizada.

Nova empresa

Os reclamantes temem ainda pelo não pagamento de seus direitos, já que está em andamento processo de licitação para a escolha de uma nova prestadora do serviço. Em maio de 2015, os trabalhadores da terceirizada denunciaram atraso no pagamento dos salários, mas não levaram a paralisação adiante. Na ocasião, a Secretaria da Saúde notificou a contratada para que prestasse esclarecimentos sobre a situação, já que disse estar em dia com todos os seus compromissos financeiros com a mesma.

Tanto a Prefeitura quanto a Moop foram procuradas pela reportagem para se manifestarem sobre o assunto, mas não encaminharam as respostas solicitadas. Ao Serviço de Comunicação do Paço (Secom) foram encaminhadas questões sobre o repasse pela prestação do serviço à empresa. Já o representante da terceirizada não foi localizado para se pronunciar. Funcionários que paralisaram as atividades disseram que os responsáveis teriam se ausentado há alguns dias e não mais apareceram na sede da empresa.

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