Busca
Sorocaba

Funcionários do Caps 3 entram em greve por falta de salário

Funcionários do Centro de Atenção Psicossocial 3, na Vila Progresso, e de mais 15 residências terapêuticas (RTs) pararam suas atividades devido ao não pagamento do salário referente a julho

Jornal Cruzeiro do Sul/Anderson Oliveira
Erick Pinheiro

Funcionários estão mantendo apenas 30% do quadro em atividade

Funcionários do Centro de Atenção Psicossocial 3, que fica na Vila Progresso, e de mais 15 residências terapêuticas (RTs) que são administradas pelo Instituto Moriah pararam suas atividades devido ao não pagamento do salário referente a julho. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e região (SinSaúde), 109 funcionários estão sendo prejudicados. O contrato da Prefeitura de Sorocaba com o Moriah se encerra nesta quarta-feira (17) e não será prorrogado. Uma nova entidade deverá assumir os serviços e os trabalhadores ainda não sabem se irão permanecer em suas funções. O Cruzeiro do Sul questionou a administração do município sobre a situação, mas não conseguiu fazer contato com representantes do Moriah.

De acordo com Hebert Albert de Oliveira Franco, diretor do SinSaúde, os funcionários do Caps 3 e das RTs deveriam ter recebido o pagamento referente ao mês de julho no quinto dia útil de agosto. Além da falta de salário, eles estão sem vale-transporte e os valores correspondentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não são depositados há um ano. “A Prefeitura disse que vai depositar em juízo, mas quando o trabalhador vai receber assim?”, questiona Franco.

Dos 109 funcionários, 30% seguem atendendo ao público. Conforme o diretor do sindicato, o Caps 3 realiza 1.200 atendimentos mensais. Já as residências terapêuticas atendem 150 pessoas que foram desospitalizadas nos últimos anos.

No mês passado, os funcionários do Caps 3, chamado Arte do Encontro, cobraram da Secretaria da Saúde mais segurança no trabalho e mais funcionários. Os funcionários alegam que atualmente a unidade atende 1,1 mil pacientes psiquiátricos, porém a equipe não é suficiente.

As reivindicações ocorreram seis dias após a morte do técnico de enfermagem Antonio Carlos de Matos, de 31 anos, que trabalhava na unidade e foi morto a facadas pelo paciente psiquiátrico Marcio José Moreira, de 41, durante visita que era realizada periodicamente à casa dele.

tags
Albert antônio CAPs carlos falta Franco funcionários greve Hebert Matos Oliveira residências salários Sinsaúde terapêuticas
VEJA
TAMBÉM