O alinhamento dos políticos de esquerda para se impedir à volta da direita ao comando do Brasil foi a principal bandeira empunhada pelos participantes do 10° Fórum Social Mundial, realizado na última semana de janeiro, na capital gaúcha e na grande Porto Alegre (RS).
A defesa de uma política que garanta desenvolvimento sustentável sem agressão ao meio também marcou os debates do encontro.
O Sindicato dos Metalúrgicos se fez presente ao Fórum com uma delegação de 11 pessoas. “Consideramos o fórum de extrema importância. Além de promover a busca por justiça e igualdade social, o evento ainda faz um contraponto significativo contra o neoliberalismo, que já deu claras evidências de que está arruinado e que não serve mais como modelo econômico a ser seguido”, analisa Alex Sandro Fogaça, diretor de formação do Sindicato.
A maior empreitada dos participantes do fórum é impedir que aconteça no Brasil o que aconteceu recentemente no Chile. Depois de 20 anos sob governos de centro-esquerda, que promoveram avanços econômicos e sociais significativos no país, a direita, liderada pelo bilionário Sebastián Piñera, voltou ao comando da nação.
Lula questiona Davos e o modelo neoliberal
O presidente Lula foi recebido como um popstar durante sua passagem pelo Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Com o ginásio Gigantinho lotado e luzes apagadas, o presidente subiu ao palco sob os gritos de ‘Lula, guerreiro, do povo brasileiro’.
Lula criticou o fórum de Davos (Suíça). “Tenho consciência que Davos não tem mais o glamour que eles pensavam que tinham. O sistema financeiro deles não pode mais desfilar como modelo exemplar”, disse, referindo-se à crise mundial de 2009.