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15ª edição

Fórum Social avança na formação da Frente Brasil Popular

Assembleia geral encerra 15ª edição do evento. Movimentos pedem auditoria da dívida pública, definem mobilização em defesa da democracia e criticam tentativa de impeachment de Dilma

Agência Brasil
Marcelo Camargo/ABr

Fórum durou cinco dias, com participantes de todo o mundo

Movimentos sociais que participam do Fórum Social Temático, etapa preparatória do Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, aprovaram neste sábado (23), na assembleia final do evento, uma carta compromisso com agendas comuns para as organizações. A primeira delas é fazer do próximo 1° de Maio (Dia Internacional do Trabalhador) um dia de luta na América Latina em defesa da democracia e de enfrentamento do conservadorismo e do “golpismo” na região.

No encerramento, as entidades também aprovaram uma campanha para cobrar a auditoria da dívida pública e se comprometeram a acelerar a construção da Frente Brasil Popular, formada por organizações e partidos de esquerda.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, disse que esta carta final do fórum é uma afirmação da luta dos segmentos que defendem a ampliação de direitos na sociedade. “Essa agenda reafirma a militância dos movimentos que aqui estão, que passa pelos direitos à moradia, à reforma agrária, o tema da saúde, da educação.

Nespolo diz que a cobrança por uma auditoria da dívida pública é uma forma de enfrentar o capital rentista.

“Se a presidenta Dilma levantar qualquer crítica relacionada ao pagamento dos juros, desestabiliza esse tal de mercado, que é muito nervoso. Quem tem que levantar esse tema somos nós. Temos que dizer isso para a sociedade, para desmascarar e criar uma correlação de forças para que o governo se posicione no sentido de verificar se essa dívida toda já não foi paga, se uma parte já foi paga. Vamos abrir essa caixa-preta”, assinalou.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, disse que o documento aponta para a unidade das organizações de esquerda, inclusive na posição contrária à tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“É uma carta de intenções dos movimentos que lutam contra o golpe em curso no país, tomando lado, dizendo que a democracia é o único caminho para que os direitos avancem e que a gente sabe exatamente o que está em jogo, que são todos os direitos conquistados nos últimos anos com muita luta dos movimentos sociais”, disse.

O encontro foi encerrado com um coro com palavras de ordem em defesa do mandato presidencial de Dilma e contra a tentativa de golpe representada pelo processo de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados.

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