A Ford promoveu na quarta-feira da semana passada, em São Paulo, um workshop para apresentar o esperado motor 1.0 EcoBoost com turbocompressor, um dos mais premiados do mundo nos últimos anos, e que a partir do início do segundo semestre equipará uma das versões do New Fiesta, que deverá ser lançado no final de junho.
A Ford já tem um motor 1.0 de três cilindros aspirado que equipa o Ford Ka, mas o EcoBoost é uma evolução digna de destaque. O propulsor é, segundo o fabricante, até 20% mais econômico no consumo de combustível e reduz em até 15% as emissões de CO2. Tudo isso, com a maior potência da categoria, de 125 cv, superior até a de motores com blocos de maior cilindrada. O motor, desenvolvido pela engenharia da marca norte-americana, combina três tecnologias para atingir esse ponto de eficiência: a turboalimentação, a injeção direta de combustível e comando de válvulas variável, além de outras inovações, inclusive em materiais. Além de esbanjar potência, o motor da Ford que tem feito muito sucesso no exterior, tem desempenho suave e uma curva de torque fantástica. O motor atinge 90% do torque máximo de 170 Nm (17,3 kgfm) com apenas 1.500 rpm, ou seja, com uma simples resvalada no acelerador.
Ao abrir o workshop, Rogelio Golfarb, vice-presidente de Estratégia, Comunicação e Relações Governamentais da Ford América do Sul afirmou que o EcoBoost é uma das tecnologias mais inteligentes que a Ford já incorporou aos seus veículos. No Brasil, o Fusion foi o primeiro carro a contar com essa tecnologia, utilizando o motor 2.0 EcoBoost. A família EcoBoost é formada por sete modelos de motores: 1.0 de três cilindros; 1.5, 1.6, 2.0 e 2.3 de quatro cilindros; e os poderosos V6 2.7 e 3.5. Além dos veículos de produção, ela equipa também modelos esportivos e de competição, em versões com preparação especial, como o Focus RS, a F-150 Raptor e o novo Ford GT, mostrando a versatilidade da tecnologia quando se deseja privilegiar a performance.
O motor 1.0 EcoBoost de três cilindros, a essência do conceito de downsizing estreou nos Estados Unidos em 2014 e é considerado o principal representante dessa família de motores. O propulsor também se tornou um item importantíssimo da marca na Europa, onde um em cada cinco veículos vendidos pela Ford é equipado com esse motor. Ele conseguiu também o fato inédito de vencer o prêmio de “Motor Internacional do Ano” por três anos consecutivos. Foram produzidos, até o começo de 2015, 5 milhões de motores dessa família. O propulsor que equipará nosso New Fiesta será importado da Europa.
Trabalhará com um câmbio automático e utilizará apenas gasolina como combustível. A tecnologia flex não deverá ser utilizada, ao menos num primeiro momento. Os motores Sigma 1.5 e 1.6 serão mantidos na linha do compacto.