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Campanha Salarial

FEM reprova 7,5% de reajuste salarial proposto pela bancada patronal do G10

Terminou sem acordo a rodada de negociação da Campanha Salarial com a bancada patronal do Grupo 10, ocorrida nesta sexta-feira, dia 20, na sede do Sindilux, na FIESP

FEM/CUT
FEM/CUT

Rodada de negociação da Campanha Salarial, realizada na sede do Sindilux, na FIESP

Terminou sem acordo a rodada de negociação da Campanha Salarial com a bancada patronal do Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) ocorrida nesta sexta-feira, dia 20, na sede do Sindilux, na FIESP. A FEM reprovou a contraproposta de 7,5% (1,35% de aumento real) da bancada. “Já tínhamos reprovado 6,5%. Agora teve um pouco de avanço, mas ainda está distante do que almejamos”, disse o presidente da Federação Metalúrgica cutista, Valmir Marques da Silva, Biro Biro.

A negociação com setor continua na semana que vem, no dia 27, às 10h, no Sindilux, na FIESP. Com relação ao Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), a bancada patronal ainda não apresentou a contraproposta à FEM.

Próxima rodada

Na segunda-feira, 23, às 10h, a FEM-CUT/SP continua a negociação da Campanha Salarial com o Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) na sede da Abinee II, localizada à Av. Paulista, 1439 – 6º. andar. Na última rodada, a bancada propôs uma proposta pelo período de dois anos que ficaria: INPC neste ano e 0,5% de aumento real em março do ano que vem e INPC mais 0,5% em março de 2015. A FEM reprovou a proposta em mesa.

Assembleias e mobilizações base CUT

Os sindicatos metalúrgicos realizarão nos próximos dias assembleias gerais nas bases para avaliar os rumos da Campanha Salarial. Os metalúrgicos do ABC farão assembleia na segunda-feira, 23, às 18h, na sede do Sindicato, em São Bernardo. Os demais sindicatos realizarão durante a semana.

Até lá, a orientação é continuar as paralisações e assembleias prolongandas nas portas das fábricas nos setores patronais que ainda não fizeram contrapropostas, que são os grupos 2, 8, Estamparia e 10. (relação dos setores abaixo).

O presidente da FEM elogiou as paralisações e protestos realizados pela categoria metalúrgica. “A auto-estima do nosso ramo ficou aguçada com aquelas propostas que estavam muito distantes. É muito bom ver a nossa categoria mobilizada, construindo esta resistência. Esse enfrentamento tem sido muito bom para mostrar às bancadas patronais que estamos fortes e unidos”, finaliza Biro Biro.

Segundo levantamento da FEM-CUT/SP, realizado na quarta-feira, 18, as greves atingiram 33 empresas e 15 mil metalúrgicos no Estado. Só na base da FEM-CUT/SP, foram 29 empresas e 14 mil metalúrgicos das regiões do ABC paulista, Sorocaba e Salto. Em São José dos Campos, base da Conlutas, cerca de mil metalúrgicos do setor de autopeças pararam.

Principais reivindicações da FEM-CUT/SP

As principais reivindicações são a reposição integral da inflação, o aumento real no salário, a valorização nos pisos salariais, a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e a ampliação e unificação de direitos em Convenção Coletiva de Trabalho. A Campanha Salarial da FEM tem pauta cheia, ou seja, serão negociados com os patrões a renovação, a melhoria e a ampliação das cláusulas econômicas (aumento salarial e pisos) e sociais.

Confira a abaixo os setores metalúrgicos da base da FEM em Campanha:

Data-base: 1º de setembro

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:75.500

Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51 mil

Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)
Total: 36 mil

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 35 mil

Estamparia
Total: 4.000

Fundição
Total: 4.000

Total: 205,5 mil metalúrgicos em Campanha

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Campanha Salarial cut fem grupo 10 Imprensa SMetal negociação rejeição de propostas
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