As mobilizações e paralisações pelo reajuste salarial com ganho real no salário da Campanha Salarial dos Metalúrgicos da FEM-CUT/SP continuam crescendo em todo o Estado. As ações se intensificaram na base da Federação, desde o dia 30 de setembro, e têm o objetivo de pressionar os grupos patronais (abaixo relação) a destravarem as negociações da Campanha, que continuam emperradas. “Até agora, todas as bancadas patronais congelaram na proposta de reposição da inflação. Isso não nos contempla. Queremos um aumento real justo no salário”, afirma, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro, presidente da FEM-CUT/SP.
Em razão da morosidade das bancadas patronais, alguns sindicatos filiados já estão fechando acordos por empresas. As negociações da Federação com os setores patronais estão, por enquanto, suspensas.
Protestos e greves
Na quarta-feira (8), aconteceram assembleias de mobilização, com paradas nas produções, em Cajamar, na King, e em Araraquara, na ZF. No ABC paulista, ocorreram paralisações nas fábricas GL/SMS (Diadema), Soma (Ribeirão Pires), B. Grob (São Bernardo), Mensan/Cabomat e Mahle, ambas em São Bernardo do Campo.
Na Gerdau, em Pindamonhangaba, 2.200 permaneceram em greve durante cinco dias e em São Carlos, na Tecumseh, foram quatro dias. As paralisações acabaram na segunda e terça-feira desta semana.
Na semana passada, aconteceram em Itu assembleias de mobilização nas fábricas Siemens, GKT, Merssen Nakayone, Nissin e Schadek e em Sorocaba os protestos atingiram a ZF do Brasil e ZF Sistemas. Em Salto, metalúrgicos na Thermoid também fizeram paralisação.
Participaram das mobilizações mais de 10 mil metalúrgicos nestas empresas na base da FEM no Estado. A Federação representa 14 sindicatos filiados e estão em Campanha Salarial cerca de 215 mil trabalhadores. A data-base é 1º de setembro.
Reivindicações dos Metalúrgicos da CUT
Neste ano estão sendo negociadas as cláusulas econômicas, porque as sociais têm validade de dois anos e valem até 31 de agosto de 2015.
As reivindicações deste ano são: reposição dos salários pelo índice integral da inflação; aumento real de salário; valorização dos pisos; licença-maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras (No Grupo 8 e Estamparia a cláusula é “facultativa” e a FEM quer que se torne um direito garantido e no G10 a cláusula assegura 150 dias) e redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.
Base em Campanha
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:89,139 mil
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51,531 mil
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários,
rodoviários entre outros)
Total: 41,872 mil
Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 23,825 mil
Estamparia
Total: 5,337 mil
Fundição
Total: 3,941 mil
Total: 215, 645 mil metalúrgicos em Campanha. Lembrando que a FEM-CUT/SP representa 251 mil metalúrgicos na base (neste dado estão incluídos os setores aeroespacial e montadoras)
Fonte dos dados: Subseção do Dieese da FEM-CNM/CUT