Após a última rodada de negociações com o Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos), na manhã desta terça-feira, dia 9, o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), Valmir Marques, Biro-Biro, protocolou um comunicado de greve junto à bancada patronal.
Nas negociações desta terça os representantes patronais do G3 ofereceram apenas 5,5% de reajuste salarial, enquanto somente a inflação da data-base (setembro de 2013 a agosto de 2014) foi apurada em 6,35% pelo INPC/IBGE.
“Depois de um mês sem negociação, ouvir isso é muito ruim. Até agora, as propostas apresentadas pelas bancadas patronais estão muito distantes do nosso objetivo: aumento real mais a inflação”, explica Biro-Biro.
A rodada foi acompanhada por dirigentes dos sindicatos de metalúrgicos de Sorocaba, ABC, Taubaté, Itu, Salto e Cajamar. Todos se comprometeram a intensificar as mobilizações e protestos para fazer as negociações avançarem.
48 horas
Após o prazo de 48 horas, contados a partir da data do comunicado de greve (manhã de terça-feira), os sindicatos têm respaldo legal para iniciar paralisações a qualquer momento.
Apesar do comunicado de greve, as negociações com o G3 continuam. Uma nova rodada está agendada para o dia 17, às 10h, na sede do Sindipeças, em São Paulo. Não há negociações marcadas com os demais grupos patronais metalúrgicos.
Na rodada desta terça com o G3, a Federação reivindicou também a inclusão do Vale-Cultura na Convenção Coletiva do setor.
Em Sorocaba, as manifestações pela campanha salarial recomeçaram já na manhã desta quarta-feira, dia 10, com um protesto dos trabalhadores das sistemistas da Toyota