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Campanha Salarial

FEM-CUT/SP entrega aviso de greve para grupos 8 e 10

Patrões não demonstram disposição para negociar pauta dos trabalhadores; A resposta da categoria é mobilização

FEM/CUT
Marina Selerges

Para Luiz Carlos Dias, presidente da FEM/CUT, é evidente o viés político do setor patronal ao não atender a pauta dos trabalhadores

Após diversas rodadas de negociações da Campanha Salarial 2016 “Sem pato, sem golpe, por mais emprego e direitos”, os grupos 8 e 10 não demonstram qualquer disposição para negociar a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras e na tarde desta segunda- feira a FEM-CUT/SP entregou os avisos de greve para ambos grupos.

“Em diversos momentos eles quiseram priorizar a pauta patronal. Percebe- se que há um viés político em não atender a pauta dos trabalhadores”, explica Luiz Carlos das Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP.

A FEM-CUT/SP, desde o início das negociações, consciente do momento econômico atual, preparou cláusulas de nenhum ou baixo impacto econômico. “A ideia central das cláusulas sociais que foram propostas é de humanizar a convenção coletiva de trabalho”, explica Luizão, “e ainda assim os representantes patronais se negaram a debate-las”, completa o presidente da FEM-CUT/SP.

Já na pauta econômica, a proposta é de congelamento dos salários por 3 anos. A bancada patronal não fez proposta. “Tanto o grupo 8 quanto o grupo 10, os negociadores defendem que 2016 acabou e que devemos pensar daqui pra frente”, lembra Luizão, “Não admitiremos isso, nas paralisações do último dia 22 de setembro, a categoria de todo o estado deu o recado que está mobilizada e disposta a lutar pelo nossos direitos”, conta Luizão.

Ataques
Durante as rodadas de negociação os ataques feitos por meio da grande imprensa tomavam corpo no discurso dos patrões. Empresários sugeriram fracionamento de férias, fim da clausula do acidentado, diminuição do valor de adicional noturno, por exemplo. “Nós percebemos que estes ataques estão cada vez mais próximos de se tornarem realidade. Nós, trabalhadores e trabalhadoras devemos estar atentos e mobilizados”, finaliza Luizão.

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