A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) completa 32 anos nesta sexta-feira, 16. Fundada em 1992, a entidade é resultado de uma articulação entre os metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) fez parte da idealização e fundação da FEM-CUT/SP, por meio do ex-presidente Wilson da Silva, o Bolinha.
Entre as principais atividades da Federação estão a promoção de cursos de formação sindical, a realização de políticas sociais e a elaboração de Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) que garantam conquistas para os metalúrgicos e metalúrgicas em todo o estado de São Paulo, através da mobilização da categoria e de negociações coletivas com as bancadas patronais.
A FEM-CUT/SP foi fundada a partir da organização interna dos metalúrgicos ligados à CUT, em seu 3º Congresso Nacional, em 1988, criando o Departamento Estadual de Metalúrgicos da Central. O 1º Congresso da FEM-CUT/SP aconteceu em 16 de fevereiro de 1992 e, em 2005, foi reconhecida como Federação pelo Ministério do Trabalho.
Hoje, os 13 sindicatos filiados à FEM-CUT/SP representam cerca de 195 mil trabalhadores dos setores automotivos, siderúrgico, alumínio, aeroespacial, eletroeletrônico, bens de capital e de fundição em todo o Estado.
Para Erick Silva, atual presidente da Federação, a data tem o objetivo de resgatar a importância da entidade.“São 32 anos de lutas e conquistas que fizeram muita diferença na vida da categoria. Por isso, essa atividade traz esse momento de enaltecer a FEM e os dirigentes que fizeram parte da sua história ao longo dos anos”.
SMetal na FEM-CUT/SP
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, ao longo desses 32 anos, a Federação teve um papel fundamental na valorização do piso da categoria e nos avanços das cláusulas sociais. “São mais de 30 anos de muito enfrentamento, de muita luta contra o capital. E a Federação tem esse papel da unidade e de fortalecimento dos sindicatos”, destaca Leandro.
Para Leandro, os sindicatos ligados à Federação têm o desafio de buscar alternativas para o novo mundo de trabalho que emerge, principalmente, após a reforma trabalhista.
“Nós da Federação fomos muito atingidos. Precisamos continuar fortalecendo, preparando e organizando os sindicatos para essas lutas. Diante desse novo mundo do trabalho e dessas novidades tecnológicas que nós estamos vivenciando, precisamos refletir de que forma iremos nos preparar, tendo em vista principalmente o bem-estar social, a defesa dos empregos e o avanço dos benefícios de direitos”, completa.
Atualmente, Adilson Faustino (Carpinha), diretor do SMetal, é tesoureiro da entidade e afirma que a FEM-CUT/SP é fundamental para estabelecer acordos que avancem nos direitos dos metalúrgicos para além da Constituição ou da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e saúda todos os dirigentes sindicais que já fizeram parte da Federação.
“Esse momento é muito especial, um momento de celebração, de valorizar a história”.
*Com informações a FEM-CUT/SP