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FEM-CUT retoma negociação com o Sinfavea nesta quarta

Negociação com montadoras será nesta quarta, dia 15. Na sexta, 17, a Federação assina a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)

Imprensa FEM-CUT
Divulgação
Bancada da FEM-CUT durante uma das negociações da campanha salarial

Bancada da FEM-CUT durante uma das negociações da campanha salarial

Depois do impasse na última negociação, realizada no dia 10 que terminou sem acordo, a FEM/CUT-SP retoma nesta quarta-feira, dia 15, a negociação da Campanha Salarial com a bancada patronal das Montadoras — representadas pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea). A rodada será às 14h no Park Hotel Plaza, em São Bernardo. O motivo do impasse é a insatisfação da categoria que reprovou a proposta de aumento salarial de 7% feita pelas montadoras.

Na segunda, dia 13, a Federação entregou comunicado de greve para o coordenador da bancada, Nilton Júnior, que informa que a partir do prazo de 48 horas os metalúrgicos nas Montadoras da base da FEM/CUT-SP podem entrar em greve por tempo indeterminado. “Até agora, fechamos com os demais grupos patronais acordos de 9% de aumento salarial. Este é o parâmetro que reivindicaremos com as montadoras. Queremos buscar na negociação um consenso que atenda esta nossa expectativa”, explica Valmir Marques (Biro Biro), presidente da Federação.

No total são cerca de 50 mil metalúrgicos da base da Federação (ABC paulista e Taubaté), de São Carlos (CGTB-Volks) e Tatuí (Força- Ford) que estão em Campanha Salarial e a data-base é 1º de setembro.

FEM assina CCT com G2
Na próxima sexta, dia 17, a Federação e os 12 sindicatos metalúrgicos filiados assinarão a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a bancada patronal dos setores de máquinas e eletrônicos (Grupo 2) na sede da FEM e CNM/CUT-SP, às 10h. A bancada patronal pagará o aumento salarial de 9% (4,29% de reposição da inflação, calculada pelo INPC-IBGE da data-base da categoria, 1º de setembro, e mais 4,52% de aumento real).

O G2 vai pagar o aumento salarial de 9% até o teto salarial de R$ 4.968,46 e acima deste valor será incorporado aos salários o valor fixo de R$ 447,16. Nos pisos, os reajustes também serão de 9% e para as empresas com até 50 empregados, passará de R$ 767 para R$ 836,02; para as fábricas que têm de 51 a 500 trabalhadores, o valor subirá de R$ 813,64 para R$ 886,87 e acima de 500 funcionários, o valor passará de R$ 896,55 para R$ 977,24. Cerca de 40 mil metalúrgicos nas fábricas do setor em todo o Estado serão beneficiados.

Também já assinaram a CCT com a Federação as bancadas patronais patronais que representam os setores de autopeças, forjaria e parafusos (Grupo 3); trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros (Grupo 8) e Fundição. As novas CCTs terão a vigência de 1 ano (1º de setembro de 2010 a 31 de agosto de 2011).

Impasse continua com o G10
Já com relação ao G10 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) o impasse assim como nas Montadoras também continua. A bancada ainda não apresentou contraproposta salarial e os sindicatos metalúrgicos filiados já aprovaram em assembleias a paralisação nas fábricas. Na última negociação, a bancada do G10 apresentou proposta de 5% de aumento salarial — reprovada pela Federação.

Representação FEM/CUT-SP
A FEM/CUT-SP tem 12 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado e é a interlocutora dos trabalhadores nas negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais. A Federação negocia com seis bancadas: Montadoras (representada pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Sinfavea), Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos), Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) e Fundição.

A data-base do ramo é 1º de setembro e estão na base da Federação cerca de 250 mil metalúrgicos e metalúrgicas em todo o Estado.

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