Os dirigentes da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, realizaram ontem a primeira rodada de discussão da Campanha Salarial 2016 com os representantes da Estamparia.
“Já foi possível perceber que será bastante difícil. A conjuntura atual de um governo ilegítimo parece permitir uma ousadia maior por parte do empresariado que vem para a mesa propor retirada de direitos”, criticou o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Luizão apontou algumas das propostas apresentadas pelo sindicato patronal. “Os patrões insistiram na defesa da terceirização, propuseram o fracionamento de férias em três vezes e a retirada dos diretos dos trabalhadores acidentados, e ainda disseram que não é possível discutir aumento de salário em época de crise, mas não vamos aceitar essas propostas e permitir esses retrocessos”, defendeu.
Hoje tem início as negociações com o Grupo 8, às 10 horas, em São Paulo, e amanhã, com a Fundição.
A Campanha Salarial 2016 tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
A data-base é 1º de setembro e estão em campanha 202.213 trabalhadores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.