A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo (FEM-CUT/SP) deu o pontapé inicial na Campanha Salarial 2022 em reunião realizada nesta quinta-feira, 17, em São Bernardo do Campo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Representantes dos 13 sindicatos filiados à entidade participaram do encontro.
De acordo com Erick Silva, presidente da FEM/CUT, o encontro entre os sindicalistas foi um momento fundamental para preparar a luta pelos direitos dos metalúrgicos. “Iniciamos a organização da Campanha Salarial 2022 com a definição do nosso calendário, da plenária e da preparação da pauta que será entregue para as bancadas patronais. Temos uma longa caminhada pela frente e estamos prontos para mais esse desafio”.
A plenária para definir os eixos da campanha, o slogan e pauta da Campanha Salarial de 2022 ficou marcada para o próximo dia 9 de abril.
Erick destaca a importância dos sindicatos e da categoria para atingir os objetivos. “Com muita unidade e mobilização dos nossos 13 sindicatos filiados e dos trabalhadores nas fábricas, vamos para as mesas de negociação buscar a garantia dos direitos da companheirada, desde as cláusulas econômicas até a reposição da inflação, que já vem alta, e também buscando aumento real nos salários”.
Perdas salariais já somam 5,73%
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), desde a última data-base, os trabalhadores metalúrgicos já acumulam 5,73% de perdas salariais. O resultado verificado até o momento é o maior desde 2016 e o segundo maior desde 2003. No mesmo período do ano passado, a data-base estava em 5,37%.
O cálculo leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período – de setembro do ano passado a fevereiro de 2022. Em 2021, a data-base dos metalúrgicos fechou em 10,42% e a Campanha Salarial enfrentou tentativas dos patrões em pagar o reajuste abaixo do índice e, em alguns casos, parcelado em até três vezes.
“Tivemos uma Campanha Salarial difícil em 2021, mas resistimos graças ao trabalho dos sindicatos filiados e à mobilização da categoria nas fábricas. Garantimos a reposição integral da inflação e, em vários casos, aumento real. Além disso, conquistamos a renovação das Convenções Coletivas, que estabelece importantes direitos para os trabalhadores e trabalhadoras”, enfatiza Erick Silva.
Para o secretário-geral da FEM/CUT, Max Pinho, a construção da Campanha Salarial é um ato coletivo e importante para o movimento sindical. “A participação dos sindicatos filiados à FEM/CUT enriqueceu o debate e trouxe contribuições para a construção da pauta da data-base e de um modelo sindical que supere os desafios atuais. A defesa das Convenções Coletivas são fundamentais para garantir os direitos dos trabalhadores diante da manobra patronal”.
Max também destaca a importância das eleições de 2022. “Candidaturas da classe trabalhadora nas eleições deste ano também são fundamentais para a proteção dos direitos e empregos”, finaliza.
Sindicatos presentes
Participaram do encontro representantes dos seguintes sindicatos:
Sindicato dos Metalúrgicos de Araraquara e Américo Brasiliense
Sindicato dos Metalúrgicos de Bauru
Sindicato dos Metalúrgicos de Cajamar, Caieiras, Franco de Rocha e Francisco Morato
Sindicato dos Metalúrgicos de Itaquaquecetuba
Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região
Sindicato dos Metalúrgicos de Matão
Sindicato dos Metalúrgicos de Monte Alto
Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Roseira
Sindicato dos Metalúrgicos de Salto
Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região
Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC