Castelo Rá Tim Bum, desenhos clássicos, X-Tudo, Glub Glub , entre outras produções da TV Cultura fizeram parte da infância de muitos adultos que hoje lamentam a falta de investimento no canal, por parte do governo do Estado de São Paulo.
Há algum tempo o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) vem cortando investimentos no canal. Neste ano, o orçamento foi cortado em mais de 20% e também houve demissões de funcionários.
Recentemente, funcionários e atores da Cultura se mobilizaram em redes sociais para dar visibilidade ao problema e uma petição foi lançada no dia 10 de agosto contra demissões e cortes na TV Cultura. A campanha “Eu quero a Cultura viva” conta com ex-artistas da emissora, que se solidarizaram e publicaram um vídeo em apoio ao movimento.
O abaixo-assinado (clique aqui) virtual busca 50 mil adesões e mira o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta, Marcos Mendonça, e o Conselho Curador da Cultura.
No final do ano passado, além de atrasos nos salários, a “reestruturação” no orçamento do canal afetou programas como Vila Sésamo. Além dele, as produções “Quintal da Cultura” e “JC Debate” também sofreram com os cortes.
Para o ator, músico e contador de histórias, Cristiano Gouveia, que atuou por três anos no programa Quintal da Cultura, interpretando o personagem Teobaldo, essa é uma situação muito triste. “Eu fui criado vendo esses programas na infância, ouvia histórias do ‘Senta que lá vem história’, além dos programas de música, de literatura”.
Gouveia, que deu entrevista antes da apresentação do espetáculo litero-musical “As Palavras Andantes”, no SMetal, conta que, atualmente, restam poucos programas de dramaturgia, criados e produzidos na Cultura. “Estão abrindo mão desses projetos”, lamenta.
Em pouco menos de três anos Gouveia gravou cerca de três mil episódios no Quintal da Cultura e como é reprisado o personagem Teobaldo continua indo ao ar.
Outros cortes na área cultural
Além de manifestações em prol da TV Cultura artistas em geral também se mobilizaram contra o fechamento das Oficinas Culturais no interior do Estado. O anúncio de corte da verba cultural aconteceu em março deste ano.
Nove oficinas fecharam as portas, além de diminuição de programações em entidades como Museus da Arte Contemporânea (MAC), Museu Afro, Museu da Imagem e do Som (MIS) e a Pinacoteca.
A Oficina Cultural Grande Otelo, de Sorocaba, continua aberta, mas apenas com um funcionário.
Para assinar a petição
Acesse o link para assinar e participar da Campanha “Eu quero a TV Cultura Viva”