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Meio ambiente

Esvaziamento de represa em Pilar do Sul causa morte de peixes

Proprietários de chácaras e sítios no entorno da usina hidrelétrica Jorda Flor, em Pilar do Sul-SP, estão indignados com o repentino esvaziamento da represa

Imprensa Smetal
Foguinho/Imprensa Smetal
Represa ficou praticamente seca e peixerem morreram na lama após o esvaziamento no início de junho

Represa ficou praticamente seca e peixerem morreram na lama após o esvaziamento no início de junho

Proprietários de chácaras e sítios no entorno da usina hidrelétrica Jorda Flor, em Pilar do Sul-SP, estão indignados com o repentino esvaziamento da represa, que forma um lago de aproximadamente 4 quilômetros de extensão.

Segundo moradores e chacreiros, há sessenta anos a represa era o habitat de dezenas de espécies de peixes, como tilápias, traíras, carpas e tucunarés, entre outros. Além disso, o lago servia de bebedouro para animais silvestres, como capivaras, garças e patos.

A empresa Anamary, operadora da represa, afirmou, em reunião com moradores e prefeitura de Pilar do Sul, no final de maio, que o esvaziamento era necessário para consertar uma rachadura na represa.

A operadora, porém, não cumpriu a promessa de transferir os peixes para outro reservatório. Segundo moradores, milhares de peixes morreram na lama e o local ficou infestado de urubus. Além disso, Tanto a Anamary quanto a prefeitura teriam faltado a uma segunda reunião com os moradores, que deveria acontecer antes do esvaziamento do reservatório.

Depois de quase 15 dias sem água no local, nem mesmo nos poços artesianos de sítios, o reservatório começou a ser reabastecido no último final de semana. Nesta segunda-feira, 13, o lago estava com cerca de 50% do seu nível normal.

Prefeitura
O chefe de Meio Ambiente da prefeitura de Pilar do Sul, Onivaldo Aparecido Ribeiro, afirma que o governo municipal não pode interferir em questões ambientais na zona rural da cidade, como é o caso da usina.

Segundo Ribeiro, a prefeitura apenas se prontificou a dar assistência aos moradores e afirma que a empresa Anamary se comprometeu a tirar todas as licenças e autorizações ambientais para realizar a manutenção da represa.

No entanto, moradores do bairro Avaré, um dos afetados pelo esvaziamento da represa, afirmam que representantes da Cetesb estiveram no local no último sábado, 11, e se espantaram com o esvaziamento da represa.

Sobre a denúncia de que empresa e prefeitura teriam faltado a uma reunião com moradores, Ribeiro alegou que foi um “desencontro” de horários.

Vários proprietários de chácaras e sítios abriram boletins de ocorrência contra o que consideram um crime ambiental.

No último dia 3 de junho, a polícia científica de Sorocaba esteve no local para averiguar as denúncias.

Mortes de peixes
A operadora da usina Jorda Flor garantiu aos moradores que irá repovoar o lago com 150 mil filhotes de peixes (alevinos).

“Queremos mais do que a palavra da empresa. Como vamos saber se 150 mil peixes são suficientes para repor o prejuízo ambiental já causado?”, afirma João de Moraes Farani, proprietário de uma chácara próxima à represa.

“Queremos também que a empresa e os órgãos públicos apresentem dados e que o repovoamento seja feito com acompanhamento dos moradores. Isso tudo, sem prejuízo das investigações que já estão em andamento”, afirma o chacreiro.

Moradores reclamam- e a reportagem comprovou na semana passada – que os telefones de contatos deixados pela empresa estão inoperantes.

Outros prejuízos
Além do impacto ambiental, Luis Antônio Brisola, o Liki, morador do local, também reclama que o esvaziamento repentino da represa causou outros estragos. Segundo ele, o gado de seus vizinhos ficou sem água para beber por dias e ele mesmo teve prejuízo com a morte de sua criação de alevinos.

Liki também afirma que pelo menos um vizinho teve a bomba de sucção de um poço queimada devido ao esvaziamento.

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Além do impacto ambiental, envaziamento repentino da represa tirou o lazer de moaradores e frequentadores do entorno da unsina Jorda Flor

No último dia 3, lago formado pela represa estava quase totalmente e seco, o meio ambiente prejudicado e os moradores, sem informações nem assistência

Reservatório começou a ser reabastecido no último final de semana e no dia 13, o nível do lago estava em 50% do volume normal; mas moradores querem garantias de repovoamento de peixes

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