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Eleições 2014

‘Estão em jogo o direito trabalhista contra a flexibilização’, afirma ministro em visita a Sorocaba

O ministro Ricardo Berzoini, das Relações Institucionais, afirmou que a disputa eleitoral este ano vai ser entre dois modelos ideológicos: um de avanço social e outro de retrocesso

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Ministro Ricardo Barzoini esteve em Sorocaba nesta sexta-feira, dia 1, na sede do SMetal Sorocaba

Em palestra no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal) nesta sexta-feira, 1º, o ministro Ricardo Berzoini, das Relações Institucionais, afirmou que a disputa eleitoral este ano vai ser entre dois modelos ideológicos: o de Dilma Rousseff (PT), que é democrático e prioriza a distribuição de renda e os direitos sociais como estímulos ao desenvolvimento; e o do PSDB, que tem Aécio Neves como candidato e representa o neoliberalismo, o retrocesso, a desigualdade social, a privatização e a flexibilização dos direitos dos trabalhadores.

“O que está em jogo é a política de crédito ao setor produtivo e ao consumidor contra a especulação financeira; é a universidade pública e o acesso ao ensino gratuito contra a educação privada; é o fortalecimento da saúde pública e do SUS (Sistema Único de Saúde) contra o esvaziamento do SUS”, afirmou o ministro.

Para Berzoini, que já foi dirigente sindical bancário, quando esteve no poder federal o PSDB deu provas de que não dá valor ao trabalho formal e à garantia de direitos trabalhistas. “Quando o presidente era do PSDB [refere-se a Fernando Henrique Cardoso], diziam que a carteira assinada estava em extinção, que os empregos formais dos bancários e dos metalúrgicos iriam acabar, que a automação iria dominar tudo. Diziam que o futuro era a informalidade no mercado de trabalho”.

CUT defendeu a CLT
Berzoini afirmou que, se não fossem a lutas da CUT e seus sindicatos, os direitos trabalhistas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) estariam destruídos antes de Lula assumir a presidência do País, em 2003.

“Mas vieram Lula e Dilma e os direitos foram mantidos e ampliados, foram gerados 22 milhões de empregos com carteira assinada e as categorias profissionais cresceram em todas as regiões do País. Em Sorocaba, por exemplo, a categoria metalúrgica aumentou de 19 mil para 46 mil trabalhadores em 12 anos”, lembrou.

O ministro também criticou o comportamento da imprensa contra os governos do PT, especialmente na gestão de Dilma Rousseff. “A mídia nunca gostou do PT mesmo. Mas é absurdo o que estão fazendo agora para tentar desconstruir a presidenta Dilma, que realizou muitas mudanças em defesa das mulheres, dos negros e das minorias em geral”.

Desmentir a mídia
Para ele, os petistas têm como foco desmentir a mídia anti-PT e mostrar para a população os avanços do governo. “Temos hoje um desemprego residual de 5% no Brasil. É o menor índice da história e um exemplo mundial. Mas a mídia não mostra. Na crise mundial de 2008, que veio do centro do capitalismo [os EUA], os Estados Unidos e a Europa perderam 60 milhões de empregos. Enquanto isso, no mesmo período, o Brasil gerava 11 milhões de empregos”, declarou o ministro.

“É o que está em jogo nas eleições: se vamos continuar sendo um País soberano, com democracia, justiça e inclusão social; ou se vamos voltar aos tempos tenebrosos dos tucanos, com tragédia social, tragédia trabalhista”, defendeu Berzoini para um público de 300 pessoas que compareceu ao SMetal na noite de sexta-feira.

Organização do evento
O evento, denominado “Análise de Conjuntura” foi organizado pela Macrorregião do PT de Sorocaba.

Na mesa solene, além de Berzoini, estavam o coordenador Márcio Alves, a prefeita de Araçoiaba da Serra, Mara Melo; o presidente do PT de Sorocaba, vereador e metalúrgico Izídio de Brito; o deputado estadual metalúrgico Hamilton Pereira (agora candidato a deputado federal) e os candidatos ao parlamento estadual Francisco França, Iara Bernardi, Cidinha e Solange.

Reunião com o SMetal
Pouco antes da palestra, o ministro Berzoini teve uma reunião privada com a diretoria executiva do SMetal. O objetivo foi estreitar relações entre o sindicato e o ministério para encaminhar demandas locais sobre a categoria metalúrgica.

O presidente do SMetal, Ademilson Terto, relatou ao ministro a expectativa de algumas empresas locais em relação à medidas de incentivo do governo Dilma e pediu a ampliação do canal de diálogo a respeito do setor metalúrgico em Sorocaba.

Berzoini agradeceu Terto pelas informações e assegurou o contato constante com o ministério e o governo.

O deputado Hamilton e o vereador Izídio, ambos de origem metalúrgica, ajudaram a viabilizar a reunião da diretoria do SMetal com o ministro.

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