O prazo do término das obras de duplicação da rodovia João Leme dos Santos (SP-264), que liga Sorocaba a Salto de Pirapora, teve o quinto adiantamento. A última previsão previa a conclusão dos trabalhos para o mês de julho. Agora, o prazo estipulado pelo Governo do Estado para a finalização total das obras é setembro, mês que antecede as eleições municipais marcadas para o dia 2 de outubro. A nova prorrogação, de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) se dá devido aos processos de desapropriação de áreas e à remoção de linhas de gás, energia e fibra ótica. Quando a obra foi iniciada, no final de 2013, a conclusão era prevista para o prazo de 15 meses, ou seja, em fevereiro de 2015. O investimento da obra é de R$ 115,2 milhões.
De acordo com o DER, faltam ser duplicados o trecho do km102 ao km 106. Além disso, há a necessidade da construção de ciclovia e calçadas na altura do km 103 e posto de pesagem no km 112. Ambas as áreas dependem de desapropriação para a conclusão dos serviços. Sendo assim, poderá haver alterações nos prazos de conclusão das obras em função dos processos de desapropriação. O Cruzeiro do Sul também constatou a necessidade do término das obras que permitirão os veículos a utilizarem o novo viaduto que foi construído para acessar a rodovia Raimundo Antônio Soares, sem a necessidade de cruzar pelo leito da SP-264.
Os 17 quilômetros de extensão em duplicação foram divididos em dois lotes. O lote 1 tem início em frente ao bairro Jardim Tatiana, do km 102 da rodovia até o campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no km 109,6. O lote 2 tem início em frente à UFSCar e segue até a entrada de Salto de Pirapora, no km 119. Segundo o DER, 95% das obras no trecho do lote 1 estão concluídas e, no lote 2, são 99%. O lote 1 é o que está previsto para ser concluído em setembro, enquanto o 2 deve terminar no final de agosto.
Trafegando pelo trecho do lote 2, entre a UFSCar e Salto de Pirapora, é perceptível que 99% da obra está concluída, com a duplicação e sinalização de solo e placas em ambos os sentidos da rodovia. Já entre a UFSCar e Sorocaba há desvios e equipes trabalhando para concluir trechos da duplicação.
Demora incomoda
Com as obras avançadas, são poucas as pessoas que agora reclamam da situação da rodovia, a exemplo do que a reportagem constatou no mês de maio. As queixas que persistem são em relação ao tempo que está levando para a conclusão da obra. O aposentado José Lourenço Cláudio, 69 anos, mora em um bairro às margens da rodovia desde 1975 e usa a estrada pelo menos quatro vezes ao dia para levar a buscar familiares ao perímetro urbano de Sorocaba. “Essa obra está enrolada demais. Falta tudo no trecho para Sorocaba, os viadutos não estão prontos”, lamenta.
O pedreiro Cícero Trajano, 63 anos, diz que a estrada está muito melhor agora, mas cita que já poderia estar pronta. O motorista Júnior Aparecido Lima, 29 anos, também diz que a estrada está ficando boa, mas falta acabar. É a mesma opinião da balconista Nelma Alves de Sousa, 22 anos e do ajudante de pedreiro, Genilson Pereira Santana, 25 anos, que elogiam o trecho que está pronto.