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Marcha das Margaridas

Encontro debate a luta das mulheres por desenvolvimento e autonomia

A Marcha das Margaridas é um movimento que reúne  mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, que em marcha, tecem suas experiências comuns de vida e luta

Imprensa SMetal
Fernanda Ikedo/Imprensa SMetal
Rayana Freire e Rosângela Braga, representantes indígenas e estudantes da UFSCar com Marcia Viana, da Secretaria da Mulher da CUT/SP.

Rayana Freire e Rosângela Braga, representantes indígenas e estudantes da UFSCar com Marcia Viana, da Secretaria da Mulher da CUT/SP.

O encontro desta terça-feira, dia 16, da Jornada que realidade é essa? da UFScar Sorocaba, com apoio do SMetal, discutiu “A Marcha das Margaridas: a luta das mulheres por desenvolvimento e autonomia”.

Com a presença das representantes indígenas Rayana Freire e Rosângela Braga, do Centro de Convivência Indígena da UFSCar e da Secretaria da Mulher da CUT/SP, Márcia Viana, o encontro abordou o histórico e construção da Marcha das Margaridas, que terá sua 6ª edição nos dias 13 e 14 de agosto, em Brasília.

A previsão é de que 100 mil mulheres, do campo e da floresta estejam na capital federal. Márcia Viana, que tem participado das reuniões em São Paulo para a construção da marcha deste ano, explicou que o evento foi criado em 2000 para denunciar os retrocessos em direitos sociais, além de propor políticas públicas relacionadas à produção de alimentos saudáveis e contra a violência.

A Marcha, além da Contag, reúne 27 federações e quatro mil sindicatos, contando com a parceria de 16 organizações sociais e movimentos.

Representando os povos indígenas a estudante de administração da UFSCar Sorocaba, Rosângela Braga, integra a presidência do Centro de Convivência Indígena (CCI) do campus. Vinda da comunidade de Amazonas ela contou sobre a luta dos povos originários para conquistar a demarcação da terra e para ter acesso à universidade pública.

Além disso, expôs os desafios de ser indígena e mulher em tempos de retrocessos políticos e sociais. “Mesmo assim, avançamos muito em algumas conquistas importantes, na organização das mulheres indígenas, no empoderamento, conquistando novos espaços”, destacou.

A estudante de economia Rayana Freire, que também integra o CCI lembrou que na eleição mais recente uma indígena compôs chapa para concorrer ao cargo de vice-presidente da República, outras duas indígenas foram eleitas deputadas, para mostrar a força dos povos indígenas e das mulheres.

Ambas, participarão da Marcha das Mulheres Indígenas que ocorrerá em Brasília de 9 a 13 de agosto, juntando-se à Marcha das Margaridas.

O recado é claro quanto ao dever de lutar ser de todos e de todas. As ameaças constantes sofridas pelos povos indígenas vindas dos ataques do agronegócio, dos madeireiros e garimpeiros ilegais, causam genocídios velados, além dos desmatamentos e contaminações das águas, do solo e flauna.

A Jornada que realidade é essa? ocorre desde maio, sendo uma realização do DCHE (Departamento de Ciências Humanas e Educação da UFSCAr) Sorocaba, com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região (SMetal). Nos dias 6 e 13 agosto, terão outros encontros.

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