Busca
Cenário econômico

Empregos com carteira assinada crescem 29% em junho, segundo o Caged

Segundo os dados, todas as atividades econômicas aumentaram o número de contratados, com destaque para a área de serviços, comércio e indústria, a qual cresceu em 32 mil

Imprensa SMetal
Wilson Dias/Agência Brasil

A Pnad Contínua, por sua vez, registrou que a taxa de desocupação no trimestre encerrado em junho de 2024 recuou um ponto percentual, chegando a 6,9%, frente ao trimestre de janeiro a março de 2024.

Entre os dias 30 e 31 de julho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, divulgaram informações sobre o mundo do trabalho no Brasil.

Segundo Caged, o saldo de empregos gerados com carteira assinada no país cresceu 29% em junho, em comparação com o mesmo mês de 2023. Foram mais de 201 mil novos postos de trabalho. Em relação a maio, o total de empregados com carteira assinada no país cresceu 0,43%, chegando a 46 milhões e 817 mil trabalhadores formais.

Segundo os dados, todas as atividades econômicas aumentaram o número de contratados, com destaque para a área de serviços, comércio e indústria, a qual cresceu em 32 mil. 

Esses dados são os melhores para meses de junho desde 2002. O acumulado da geração de empregos formais chegou a 1,3 milhão neste ano.

Para o ministro do trabalho, Luiz Marinho, o número de empregos poderia ser ainda maior, se houvesse a queda dos juros.

“Não há razão para não retomar, de novo, a redução dos juros. Então, assim espera-se que os colegas do Banco Central, de fato, tenham olhar do que está acontecendo na economia, no mercado de trabalho, na indústria, no mundo real, e possa retomar a redução dos juros, que isso ajuda bastante, tanto a crédito, como investimento. Investimento pressupõe gerar emprego. Isso é o que nós  esperamos”.

Ainda segundo o Caged, o número de homens contratados foi maior que o de mulheres, sendo 112 mil, frente a 89 mil trabalhadoras.

Com relação ao grau de instrução, apenas o número de empregados com curso superior completo caiu, com menos 832 postos de trabalho. Sendo que os empregados de ensino médio tiveram a maior alta, 152 mil contratados.

Os salários médios tiveram uma ligeira queda de 0,24%, totalizando R$2.132. Os empregos criados foram, em sua maioria, com remuneração de até dois salários mínimos. Já os trabalhos formais com renda maior que está, tiveram quedas em todas as faixas salariais.

O número de requerimentos de seguro-desemprego também caiu, e foi o menor do ano, com 592 mil solicitações.

O Rio Grande do Sul, que ainda se recupera das consequências das enchentes históricas, é o único estado com saldo negativo de emprego, com menos 8.569 postos de trabalho.

Taxa de desocupação

A Pnad Contínua, por sua vez, registrou que a taxa de desocupação no trimestre encerrado em junho de 2024 recuou um ponto percentual, chegando a  6,9%, frente ao trimestre de janeiro a março de 2024 (7,9%). Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2014.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. 

A população desocupada chegou a  7,5 milhões e também recuou, sendo o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

A população ocupada (101,8 milhões) também bateu recorde da série histórica, iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. 

A análise do rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, ante o trimestre de abril a junho de 2023, registrou aumento de 8,2% na Indústria, alcançando a soma de R$236 aos salários.

Entenda as diferenças entre o Caged e a Pnad

A PNAD Contínua, realizada pelo IBGE, fornece informações sobre a inserção e exclusão da população na força de trabalho, baseada em declarações de entrevistas domiciliares. Seus resultados são divulgados mensalmente, trimestralmente e anualmente. Já o Caged, é um registro administrativo mensal das empresas formais e informa sobre admissões e desligamentos de empregados formais, excluindo trabalhadores informais e domésticos. Devido às diferenças metodológicas das pesquisas, deve-se evitar comparar os dados.

Imprensa SMetal

*Com informações da Agência Brasil e Observatório da Indústria

tags
desemprego Desocupação Emprego massa salarial ocupação salário trabalho
VEJA
TAMBÉM