O sociólogo e cientista político Emir Sader concedeu breve entrevista ao portal do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), na internet, para abordar a necessidade de se fazer uma reforma política com um Constituinte exclusiva e soberana.
Ele dá aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, escreve artigos para as colunas que ele mantêm nos sites da Carta Maior (www.cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/) e no site da editora Boitempo, entre outros locais.
Na entrevista, ele aborda o atual contexto político e comenta os possíveis entraves para a necessária reforma política, que pode ser considerada a mãe das reformas.
Ele é categórico ao afirmar que “o que se puder avançar será contornando o Congresso, como o fim do financiamento privado pelo STF. Outros itens podem passar por aí, como a limitação do número de partidos”, afirma.
Se o Brasil está na contramão de promover uma nova geração de políticos jovens deve-se “pelo desinteresse, justificado, desses jovens pela política”, devido à atual estrutura.
Sader destaca que o financiamento privado é o que há de pior no sistema eleitoral brasileiro e alerta que o setor mais organizado da sociedade, atualmente, é o das igrejas evangélicas.
Favorável à democratização dos meios de comunicação, o SMetal questionou Sader sobre o peso da mídia brasileira na forma como a população vê a política e escolhe seus candidatos. Ele ressalta que é significativo, “como se viu na ultima eleição, em que o governo teria ganho facilmente, no primeiro turno, não tivesse perdido na formação da opinião pública, controlada pela monopólio privado da mídia”.