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Comissão da Saúde

Em reunião com a Comissão de Saúde, secretário-adjunto de Saúde nega aporte de recursos

Verba adicional foi solicitada por conta de grave déficit orçamentário da saúde no município

Câmara de Sorocaba
Luciano Quirino/Secom CMS

A reunião aconteceu ontem, 8, entre o secretário-adjunto de Saúde de São Paulo, Wilson Pollara, e vereadores membros da comissão da Saúde de Sorocaba

O secretário-adjunto de Saúde do Estado de São Paulo, Wilson Pollara, informou que não poderá autorizar o aporte de recursos para ajudar a reverter o problema orçamentário que a cidade de Sorocaba enfrenta na área da saúde. A declaração foi dada em reunião na tarde desta terça-feira, 8, com os vereadores Izídio de Brito (PT) e Pastor Apolo (PSB), membros da comissão permanente de Saúde Pública da Câmara de Sorocaba.

O encontro foi realizado na Secretaria do Estado, juntamente com o secretário de Saúde de Sorocaba, Francisco Antônio Fernandes, e os deputados estaduais Carlos Cezar (PSB) e Maria Lúcia Amary (PSDB). Na ocasião, foi apresentada ao secretário-adjunto de Saúde a gravidade da situação no município, especialmente em relação à área de alta complexidade.

Francisco Fernandes explicou que, se não receber recursos adicionais, a partir do final de setembro, deverá reduzir pela metade os atendimentos a pacientes que se submetem a tratamento de radiologia – o que representa 1,5 mil atendimentos mensais. O secretário municipal contou ainda que nessa semana começou a diminuir os agendamentos de cirurgias no Hospital da Santa Casa, também por falta de recursos. Por fim, Francisco Fernandes solicitou o aporte de mais de R$ 28 milhões (o que, segundo ele, seria apenas metade do total necessário) até o final do ano, para amenizar o déficit na área.

Wilson Pollara respondeu que no momento apenas o governador Geraldo Alckmin poderia autorizar movimentos excepcionais de verbas, e sugeriu que as lideranças sorocabanas o acionem para fazer a reivindicação. Segundo ele, a área de saúde passa por crise acentuada em todo o Estado, com queda de arrecadação e aumento de demanda. O secretário sugeriu ainda, para aliviar a situação do Hospital Regional, que os vereadores se reúnam com as diretorias de hospitais da região e da DRS (Departamento Regional de Saúde) para articular o deslocamento de pacientes entre municípios para atender às respectivas demandas.

O presidente da comissão da Câmara, Izídio de Brito, criticou a postura da secretaria estadual. “Trocando em miúdos, o secretário falou para nos virarmos sozinhos. Estamos sem apoio para enfrentar a gravidade dessa situação. Mesmo a sugestão de aliviar o Hospital Regional não tem sentido, porque a unidade já não realiza grande parte dos atendimentos que deveria”, argumentou o vereador, concluindo que, apesar da negativa da secretaria estadual, a comissão continuará lutando pelos recursos que a cidade precisa.

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