Começou nesta terça (15) e segue até quinta-feira (17) a paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE). Dos 50 sindicatos filiados à entidade, 39 sindicatos divulgaram a agenda para exigir o cumprimento da lei do Piso e se mobilizarem, contra a terceirização, a entrega das escolas às Organizações Sociais (OSs), o parcelamento de salários, a militarização de escolas públicas e a reorganização das escolas, e também contra a tentativa de golpe institucional com o objetivo de derrubar um governo eleito nas urnas sem quaisquer provas materiais contra a presidenta Dilma.
Para a secretária geral da CNTE, Marta Vanelli, este ano começou atípico, onde a situação política instalada no País reflete de maneira significativa na crise econômica. “Sabemos que os estados e municípios que arrecadam menos recursos têm mais dificuldade para o pagamento do reajuste do piso. Além disso, é o ano de eleições municipais. Até dia 2 de abril é o prazo para que se aprove a lei e ela seja sancionada pelo prefeito, concedendo o reajuste para os servidores públicos municipais. Por este motivo esta greve é muito importante, para pressionar os governos estaduais e municipais a pagarem o reajuste. Apesar de falarem que tem uma crise financeira, nós temos acompanhado que os recursos para a educação não têm diminuído, portanto há condições para o pagamento dos 11,36%”.
O presidente da CNTE, Roberto Leão, explica a importância de os trabalhadores em educação fazerem o que for necessário para que seus direitos sejam cumpridos: “Só com a luta forte, decidida e determinada conseguiremos reverter situações tão difíceis como essa que estamos vivendo neste momento. A greve nacional da educação apresenta-se como contraponto da comunidade escolar, em especial dos sindicatos de trabalhadores da educação, sobre esses temas de grande prejuízo para a sociedade e para a escola pública, gratuita, universal, laica, “civil”, democrática e de qualidade socialmente referenciada. Vamos ocupar praças, ruas, avenidas, fazendo atos, aulas públicas, conferências gerais com a população, para defender a escola pública brasileira que atravessa um momento difícil” enfatiza Leão.
Em nível estadual, distrital e municipal, cada sindicato filiado à CNTE debaterá sua pauta de reivindicação com os gestores e a sociedade, a fim de envolver a todos no compromisso público de valorizar a escola pública e seus profissionais.
Veja a reportagem da TV CNTE: