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Eduardo Cunha é cassado e fica inelegível até 2027

Com 450 votos favoráveis ao relatório aprovado na Comissão de Ética e 10 contra, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) foi cassado na última segunda-

Imprensa SMetal
Lula Marques/AGPT

Com a decisão, o peemedebista ficará inelegível até 2027

Com 450 votos favoráveis ao relatório aprovado na Comissão de Ética e 10 contra, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) foi cassado na última segunda-
feira, dia 12. Com a decisão, o peemedebista ficará inelegível até 2027. O processo, marcado por manobras regimentais e que tramitava há 11 meses, é o mais longo da história da Casa.

Em tom de ameaça, Cunha afirmou em sua defesa que a cassação abriria um perigoso precedente. “Amanhã será com vocês”, disse. Ele prometeu ainda lançar um livro relatando todos os diálogos que teve durante o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

A cassação do mandato de Cunha se deu por ele ter mentido durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre não ter contas secretas na Suíça.

Três vezes réu no Supremo Tribunal, Cunha renunciou à presidência da Câmara em julho deste ano. Desde a primeira citação na Operação Lava Jato, diversas provas e depoimentos revelaram movimentações financeiras criminosas.

Contrários

Entre os 10 deputados contrários à cassação de Cunha estão Paulinho da Força (SD) e Marco Feliciano (PSC), ambos de São Paulo. Nove deputados se abstiveram da votação.

Alguns crimes atribuídos a Cunha

Janeiro/2015 – O ex-policial federal Jayme Alves admitiu ter realizado entregas de quantias de dinheiro ao deputado a mando do doleiro Alberto Youssef.

Julho/2015 – O empresário Júlio Camargo delatou que Cunha havia recebido 5 milhões de dólares de propinas para interferir no contrato de um navio-sonda com a Petrobras.

Setembro/2015 – Em depoimentos, o lobista do PMDB João Henriques afirmou ter enviado dinheiro à Suíça para Cunha por contrato da Petrobras para a aquisição de um campo de petróleo no Benin.

Outubro/2015 – O lobista Fernando Baiano confirmou a história de Júlio Camargo e confessou arrecadar recursos para o parlamentar.

Abril/2016 – Em delação, o proprietário da empresa Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco, apontou que repassou propina de R$ 52 milhões em 36 parcelas para Cunha em troca de favores na Caixa Econômica Federal.

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