Enquanto a FEM-CUT/SP e os dirigentes do SMetal negociam incansavelmente o reajuste salarial e a garantia de importantes direitos com as bancadas patronais, outra discussão fundamental está em curso: a Campanha Eleitoral 2022.
E não dá para separar a Campanha Salarial das eleições deste ano. Na página ao lado é fácil ver como sua vida mudou nos últimos anos e não foi para melhor. Enquanto com Lula e Dilma mais de 80% dos reajustes ficavam acima da inflação, a média caiu para 51% com Temer e 30% com Bolsonaro.
O mesmo se refletiu na categoria metalúrgica em Sorocaba. Em oito anos de Lula, foram 23,61% de aumento real. Com Dilma, em cinco anos, foram 8,53%. Já com Bolsonaro, esse número chega apenas a 0,50%. E se o dado ainda é positivo, se deve ao esforço dos dirigentes do SMetal, que não aceitaram nenhuma proposta que, ao menos, repusesse a inflação integralmente.
O Brasil segue numa crise generalizada, que vem desde antes da pandemia da Covid-19. Não por acaso, Bolsonaro será o primeiro presidente desde a redemocratização do Brasil a entregar o governo com o salário mínimo valendo menos do que quando assumiu.
As manobras eleitorais de Bolsonaro para reduzir o preço dos combustíveis não chegaram ao bolso do trabalhador brasileiro. Pelo contrário, os alimentos continuam subindo e levando boa parte dos salários da classe trabalhadora.
O gás de cozinha segue acima dos R$ 100. Um litro de leite chega a custar mais de R$ 7 e o total de 34 itens absolutamente básicos para as necessidades de uma família consome mais de 90% de um salário mínimo em Sorocaba.
Esses problemas não irão se resolver com uma Campanha Salarial bem sucedida. As medidas desesperadas de Bolsonaro para amenizar a situação econômica têm prazo para acabar e trarão enormes consequências para os próximos anos. Isso, com toda certeza, vai refletir no bolso.
Por isso, em 2 de outubro é hora de irmos para as urnas com a consciência que temos que tirar Bolsonaro do poder e todos aqueles que não trabalham por nós. Temos que ter o compromisso de eleger políticos que defendem a classe trabalhadora, o reajuste de salário digno e a manutenção dos nossos direitos.
Precisamos de um presidente capacitado para cuidar da economia, mantendo os empregos e gerando novos postos de trabalho. Também temos que ter um governador que olhe para nossa região e traga investimentos para que a mão de obra seja valorizada.
É importante lembrar, ainda, que presidente e governador não trabalham sozinhos. Precisam de senadores, deputados federais e deputados estaduais com os mesmos compromissos com as trabalhadoras e trabalhadores.
O SMetal continua, todos os dias, fazendo a sua parte na luta pela categoria. Em 2 de outubro, temos a chance de, juntos, mudarmos para melhor o rumo da nossa história e do nosso país. Vote com consciência, vote em quem trabalha por você de verdade.