Busca
Busca
Coletivo de Mulheres

Editorial: Nos chame pelo nosso nome

No editorial da Folha Metalúrgica nº 985, as dirigentes do Coletivo de Mulheres do SMetal reforçam a importância da luta por equidade, contra o assédio e por condições justas para mulher metalúrgica

Coletivo de Mulheres do SMetal
Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
Cleide Bueno, Priscila da Costa, Nazaré da Silva, Priscila Silva e Lindalva Martins foram o Coletivo de Mulheres do SMetal

Cleide Bueno, Priscila da Costa, Nazaré da Silva, Priscila Silva e Lindalva Martins foram o Coletivo de Mulheres do SMetal

As histórias de diversas mulheres muitas vezes são contadas a partir do olhar masculino. Não importa a área de atuação, escolaridade, raça e crença, a verdade é que durante anos o público feminino teve as narrativas construídas por outras pessoas que não elas mesmas. Com as metalúrgicas não é diferente.

Em um ambiente predominantemente masculino, nós mostramos ao que viemos. Depois de muita luta e resistência hoje é possível que você trabalhe com uma mulher atuando na máquina ao lado. Conquistamos direito ao voto, ao estudo e ao trabalho; mas isso não é o suficiente.

O suficiente é receber o mesmo salário, ter as demandas ouvidas e sermos respeitadas. O suficiente é que a gente possa contar nossa história com a própria voz e não a partir de um eco das figuras masculinas. Nós temos nome, RG, CPF e trajetória.

Desafiamos a rotina dupla/tripla e damos conta do trabalho, além de todas as pessoas que precisamos cuidar em de nossas casas. Ainda assim, dentro das empresas metalúrgicas temos que lidar com o machismo em forma de assédio, piadas e desdém. Diante disso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) não se calará.

Nós, mulheres e sindicalistas, estamos de braços dados com as companheiras e iremos lutar por equidade e condições justas para cada mulher dentro das empresas.

Nos chamem pelo nosso nome! E o nosso nome não é inferior, subordinada ou “psiu”, nós somos o Coletivo de Mulheres do SMetal.

tags
assédio coletivo condição direito Editorial Equidade igualdade justa metalúrgica mulher salário SMETAL
VEJA
TAMBÉM