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Opinião

Editorial: Frio e solidariedade

No texto da nova edição da Folha Metalúrgica, SMetal destaca a Campanha do Agasalho 2022 e a necessidade de políticas públicas para garantir direitos básicos para as pessoas que mais precisam

SMetal (Departamento Jurídico)
Jorge Araújo / Fotos Públicas
Pessoas em situação de rua são as que mais sofrem com as baixas temperaturas

Pessoas em situação de rua são as que mais sofrem com as baixas temperaturas

Sorocaba bateu recordes históricos de frio no mês passado. Há 22 anos a temperatura não caia tanto em maio. Com isso, uma triste realidade volta aos noticiários: as milhares de pessoas que não tem como se aquecer.

Sejam os moradores em situação de rua ou pessoas mais pobres, o fato é que o frio atinge muita gente. Por isso, o SMetal lança a Campanha do Agasalho 2022. O objetivo é um só: tentar amenizar essa situação para o máximo de pessoas possíveis.

É importante lembrar que campanhas como essas servem apenas para tentar atenuar o problema. Surgem da solidariedade de gente que não consegue ver o sofrimento do próximo sem fazer nada e, especialmente, porque os governos – federal, estadual e municipal – falham miseravelmente na função de proteger quem mais precisa.

Nos últimos anos, vimos a pobreza aumentar de forma significativa. Milhões de pessoas voltaram a não ter o que comer e, num ato de desespero, reviram lixo ou disputam um pedaço de osso. Outras tantas perderam seus empregos, suas casas e acabaram nas ruas, sem nenhuma possibilidade de matar a fome ou se proteger do frio.

Isso é resultado de uma política que não valoriza o povo brasileiro. Que não quer que as pessoas tenham direitos básicos respeitados. Bolsonaro, de fato, não brinca em serviço. Faz inúmeros projetos para beneficiar ricos empresários e os grandes bancos, torra milhões de reais do nosso dinheiro em férias intermináveis e em passeios de moto. Isso sem contar a família, que recebe cheques de milhares de reais, ou os filhos, que constroem mansões de cinema.

Graças ao trabalho firme do SMetal, os metalúrgicos têm direitos garantidos, benefícios importantes como plano de saúde e vale-alimentação, além de reajuste salarial que repõe ou está acima da inflação.

Mas essa não é a situação de todo mundo. Muita gente não sabe se vai ter o que comer, muita gente está sofrendo com o frio ou, até mesmo, morrendo por causa das baixas temperaturas. E é nesses momentos que nós, que temos uma situação melhor, podemos nos unir num laço de solidariedade e doar aquele agasalho que não usamos mais ou aquela coberta que está esquecida no armário. Isso vai fazer a diferença na vida de muitos.

No entanto, isso é apenas uma parte do que está ao nosso alcance. Para mudar de fato essa realidade e buscar mais igualdade, mais direitos, temos que mudar os governantes. Precisamos eleger políticos comprometidos com as pessoas, com o povo. Somente assim, campanhas como esta não serão tão necessárias e urgentes. Este ano, temos uma grande responsabilidade nas eleições: a de mudar o nosso futuro para melhor.

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