Algumas empresas metalúrgicas começaram a se movimentar para traçar um planejamento contra o preconceito em suas fábricas. Não somente nas linhas de produção, mas também no administrativo e nos cargos de chefia.
O preconceito contra lésbicas, gays, travestis, transgêneros e toda a comunidade LGBTQ é um dos que ainda impera na sociedade, refletindo na nossa categoria metalúrgica.
Não é admissível que uma pessoa seja julgada e até mesmo morta pela sua orientação sexual ou identidade de gênero. A evolução pessoal e moral, muitas vezes, necessita de um empurrãozinho da justiça, por isso a importância da decisão recente o Supremo Tribunal Federal (STF) que criminaliza a LGBTfobia.
Infelizmente, o governo federal não anda na mesma sintonia para harmonizar a relação entre as pessoas. Pelo contrário, desde a campanha eleitoral até agora, com seis meses de governo, o que se faz é proliferar comentários preconceituosos que vai da prática do racismo à LGBTfobia, sem condenação, por enquanto.
Em todo o mundo, esses comentários ressoam negativamente dando ainda mais ênfase no cenário tenebroso pelo qual o país atravessa, com um governante que espirra ódio e incapacidade técnica para estar à frente do cargo mais importante do país.
Conscientes de que a valorização do ser humano, em respeito à diversidade, não se pode parar, empresas vêm utilizando esse conceito como marketing, para “melhorar a competitividade” e, enquanto entidade que defende os direitos humanos, esperamos que não fiquem apenas no discurso.
Junho é o mês do orgulho LGBTQ e a metalúrgica Apex, por exemplo, tem destacado o tema em suas redes sociais, com a frase: “Respeito é um bom negócio”. Na campanha, empresa afirma que valoriza “o bem estar de todos os colaboradores e que entende que a diversidade tem um papel fundamental na inovação e competitividade para atender novos clientes e mercados”.
Todas as frentes, como o movimento sindical, precisam cobrar a eliminação dos preconceito na rotina do trabalho e no dia a dia da sociedade. A importância da diversidade e do respeito deve discutido sempre que possível, seja no chão da fábrica, na escola, na igreja, em reuniões entre amigos e familiares.
O nosso papel enquanto Sindicato que representa todxs os trabalhadores e trabalhadoras é cobrar que os patrões estejam cientes de que a LGBTfobia é crime e o respeito, para além de ser um bom negócio, está inerente à evolução da sociedade.
Criar um ambiente diverso e inclusivo, sem piadas, sem discriminação, sem assédio, é um direito humano e que deve ser reivindicado para que a sociedade seja mais justa e igualitária.