A imagem ao lado foi publicada na 1ª edição da Folha Metalúrgica, em 1992. Passados 30 anos, ela se mostra bastante atual: o salário do trabalhador brasileiro perdendo para a inflação.
Nesse tempo, muita coisa mudou. As fábricas se modernizaram, os empregos foram tomando outro perfil, as relações de trabalho também tiveram alterações significativas. Afinal, é importante que tudo evolua com o tempo.
Por outro lado, a luta dos trabalhadores pela valorização, seja ela salarial ou nos direitos, continua sendo igual e com a mesma força que em outros períodos da história. Um fato é inegável: negociar com os patrões nunca foi e não é uma tarefa fácil.
Como em 1992, os metalúrgicos enfrentam um cenário de inflação alta e de incertezas na economia e na política, com pessoas no poder que pouco se importam com a classe trabalhadora.
Isso reflete diretamente nas negociações da Campanha Salarial. Mas é bem verdade que, seja com inflação baixa ou com altos índices, as bancadas patronais sempre reclamam na hora de discutir o aumento salarial dos metalúrgicos.
Além disso, é fundamental lembrar que não existe nenhuma lei que garanta que o salário seja reajustado pelos empresários, nem mesmo que a inflação do período seja reposta. Somente com muita luta do seu sindicato e sua mobilização há reajuste salarial e garantia de importantes direitos.
Por isso, é momento de intensificar a mobilização e a unidade nas portas das fábricas e, assim, dar força para a FEM-CUT/SP e o SMetal mostrarem para os patrões que estamos prontos para buscar a nossa valorização. Ao longo da nossa história, tivemos Campanhas Salariais vitoriosas. Desta vez, não será diferente. Estamos sempre juntos pelos direitos do amanhã. Conte sempre com seu Sindicato.