Busca
Economia

Dólar mais caro estimula indústria nacional, afirma Dieese

Essa valorização, segundo a subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, estimula a indústria nacional, pois inibe as importações e torna mais lucrativa as exportações

Imprensa SMetal
Divulgação

A valorização do dolar, em relação ao real, subiu 50% em dois dias

Em apenas dois anos, o dólar se valorizou 50% em relação ao real. Em agosto de 2011 a moeda norte-americana valia R$ 1,56; passou para R$ 2,02 no mesmo mês do ano seguinte; e agora está na casa dos R$ 2,40. Essa valorização, segundo a subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos, estimula a indústria nacional, pois inibe as importações e torna mais lucrativa as exportações.

Mesmo assim, segundo a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), o câmbio tem sido uma das principais “choradeiras” dos empresários nas negociações da campanha salarial da categoria este ano.

“Quando o dólar estava barato, os patrões reclamavam que tinham prejuízo nas exportações. Agora que está valorizado, reclamam do preço dos componentes importados que utilizam no Brasil”, afirma o presidente da FEM, Valmir Marques, Biro-Biro.

Benefícios e reclamações

Para o economista Fernando Lima, da subseção do Dieese, os setores que mais deverão se beneficiar com o dólar mais caro são as autopeças, máquinas e equipamentos. Já o segmento que mais reclama do câmbio atual é o de empresas de eletroeletrônicos, que montam produtos no Brasil com base em componentes importados.

Para evitar esses percalços, “as indústrias em geral deveriam trabalhar pelo desenvolvimento de fornecedores locais”, afirma Fernando.

Muitos empresários, no entanto, preferem a reclamação contínua a respeito da economia do país e as tentativas constantes de economizar as custas de salários e outros direitos dos trabalhadores.

tags
Brasil Dieese dolar Economia exportações indústria nacional lucrativa real
VEJA
TAMBÉM