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Golpe

Ditadura aumentou a desigualdade e a pobreza, afirmam centrais

Sindicalistas lembram que caminho da reconstrução ainda tem ameaças: “Falar sobre golpismo não é falar sobre o passado”

Redação RBA
Arquivo Nacional

Segundo os sindicalistas, desde a redemocratização, em 1985, o Brasil tenta reconstruir sua caminho, mas com ameaças ainda presentes.

Além da truculência e da violência política, a ditadura trouxe efeitos nefastos do ponto de vista econômico, afirmam centrais sindicais em nota. “Ao contrário da falácia do milagre econômico, vendida pelos militares como propaganda de governo, os trabalhadores foram extremamente prejudicados nos 21 anos de ditadura, sofrendo com um progressivo empobrecimento, enfraquecimento e com o cerceamento aos sindicatosEnfraquecimento que foi projetado para que a economia de mercado pudesse, sem resistência, se sobrepor aos interesses sociais.”

Assim, afirmam os dirigentes, o regime buscou “impor à força uma política econômica baseada no arrocho salarial, na retirada de direitos, no aumento da dívida externa e na explosão da inflação”.

Golpismo presente

Segundo os sindicalistas, desde a redemocratização, em 1985, o Brasil tenta reconstruir sua caminho, mas com ameaças ainda presentes. “Ficou claro no governo Bolsonaro e, sobretudo, na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, que falar sobre golpismo não é falar sobre o passado.”

Confira a nota na íntegra.

60 anos do golpe militar: aprender com a história para construir uma democracia com justiça social

Em abril de 2024 completam-se seis décadas da deflagração do golpe militar que prejudicou o Brasil por 21 anos.

Se hoje somos uma democracia, com instituições funcionando, liberdade política e liberdade de organização, devemos isso àqueles que lutaram pelo fim do regime iniciado em 1º de abril de 1964. Muitos dos quais foram torturados ou morreram por esta luta.

De forma truculenta, a ditadura destruiu famílias e privou o país de importantes quadros políticos, culturais e do movimento social.

Isso tudo para impor à força uma política econômica baseada no arrocho salarial, na retirada de direitos, no aumento da dívida externa e na explosão da inflação.

Ao contrário da falácia do milagre econômico, vendida pelos militares como propaganda de governo, os trabalhadores foram extremamente prejudicados nos 21 anos de ditadura, sofrendo com um progressivo empobrecimento, enfraquecimento e com o cerceamento aos sindicatos. Enfraquecimento que foi projetado para que a economia de mercado pudesse, sem resistência, se sobrepor aos interesses sociais.

Com isso, a ditadura aumentou a desigualdade e a pobreza, atrasando o desenvolvimento humano, político e ambiental do país.

Desde a redemocratização, em 1985, o Brasil caminha no sentido de se recompor, de reparar os retrocessos promovidos nos 21 anos anteriores e de buscar avançar, driblando as sequelas que ainda persistem. Não sem dificuldades. Ficou claro no governo Bolsonaro e, sobretudo, na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, que falar sobre golpismo não é falar sobre o passado.

Por isso devemos usar os 60 anos do golpe como uma oportunidade de refletir sobre o assunto e de transmitir para as novas gerações a nossa história e as raízes da realidade em que vivemos no presente momento.

Só assim poderemos construir a almejada união nacional em torno daqueles que querem o bem do Brasil e do povo brasileiro.

São Paulo, 1º de abril de 2024

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araujo, Presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Moacyr Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Nilza Pereira, Secretária Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor

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