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Formação política

Dirigentes do SMetal participam de curso no ABC

Encontro abordou estratégias de fortalecer a Organização no Local de Trabalho (OLT) por meio dos Comitês Sindicais de Empresa (CSEs)

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Divulgação

O curso é organizado pelo SMABC e FEM-CUT/SP e tem duração de dois anos.

Na última semana, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Nazaré Inocência, trabalhadora da Flextronics, e Luiz Otávio Ferreira (Luizinho), da CNH Case, participaram de um curso de formação promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), em parceria com a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP).

É o segundo módulo do curso, que tem como objetivo formar dirigentes sindicais que fortaleçam a Organização no Local de Trabalho (OLT), por meio dos Comitês Sindicais de Empresa (CSEs) e aconteceu entre os dias 25 e 26 de julho.

Nazaré conta que o encontro tem como objetivo aprofundar sobre como combater o capitalismo no chão de fábrica.

“Estamos entendendo como elaborar uma estratégia para atuação nas fábricas”, conta a dirigente.

Processos de precarização no trabalho, terceirização, ‘uberização’, desindustrialização e perdas de direitos trabalhistas a partir de reformas, como a trabalhista e da Previdência Social, são alguns temas que serão abordados ao longo do curso.

Sobre o curso

O curso de formação tem duração de dois anos, dividido em seis módulos, e está sendo realizado desde janeiro deste ano mensalmente. O projeto de formação foi elaborado a partir de uma pesquisa realizada com os dirigentes sindicais, em 2023, e tem a meta de alcançar 120 diretores.

Ao longo de dois anos, o processo formativo deve dialogar sobre o reconhecimento da identidade metalúrgica e seu papel na formação da classe operária do ABC Paulista, destacando a importância política dos Comitês Sindicais de Empresa (CSEs) na redemocratização do país e na resistência à extrema direita. 

Além disso, deve discutir as estratégias de resistência e o protagonismo na construção de alternativas para fortalecer os sindicatos por meio de negociações e aumento da sindicalização. A luta por uma transição justa, incentivando o diálogo com o Governo Federal sobre a Nova Indústria Brasil (NIB), a história do sindicalismo e as mudanças no mundo do trabalho decorrentes das revoluções industriais e grandes lutas globais por direitos também são temas abordados.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e Coordenador do Coletivo da Formação FEM-CUT-SP, Jorge Lima, destaca que o curso visa resgatar a identidade dos trabalhadores metalúrgicos, por meio do resgate de sua história.

“É uma formação que discutirá o mundo atual da indústria, e com base em experiências com outros dirigentes de várias empresas, vamos construir estratégias para enfrentar o neoliberalismo e a reestruturação produtiva, onde os patrões querem ganhar mais com menos trabalhadores”, conta.

Em fevereiro, a primeira aula teve como mote “Fake News e a crise da Democracia”, pois a pesquisa apontou que este tema é o mais desafiador para os diretores. O encontro abordou conceitos como ideologia, papel do Estado capitalista, autoritarismo, educação precarizada, dominação subjetiva e disputa digital.

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