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Diretrizes para o PPR 2011

O presidente do Sindicato, Ademilson Terto, em nome de toda a diretoria, opina sobre a importância do PPR em relação às demais reivindicações da categoria

Ademilson Terto da Silva (Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região)

Pela participação dos metalúrgicos na assembleia nesta sexta, dia 15, já será possível medir o interesse da categoria na conquista de bons acordos de Programas de Participação nos Resultados (PPR) este ano.

Afinal, a lei do PPR (Lei 10.101/2.000) apenas dá bases mínimas para o caso de se estabelecer negociações sobre o tema. O que determina se o valor será satisfatório ou não é a habilidade de negociação de cada sindicato e apoio dos próprios trabalhadores. Mas por melhor que seja a capacidade de negociação sindical, ela se torna insuficiente, diante do patrão, quando não há mobilização no chão de fábrica ou nos escritórios das empresas.

Por isso, a participação de todos os metalúrgicos, sócios e não-sócios, é fundamental na assembleia às 18h desta sexta, na sede de Sorocaba.

Os trabalhadores que participarem da assembleia vão decidir os parâmetros de negociação de PPR este ano. Ou seja, as bases e os limites da atuação do Sindicato serão definidos nesta sexta, pela própria categoria.

Vão estar em pauta assuntos como valores mínimos de PPR, critérios para negociar metas e indicadores, padrões de propostas que podem ser levadas para votação em assembleias, taxa negocial etc.

Outro tema importante que passará por avaliação da categoria na sexta será qual o grau de prioridade que o Sindicato deverá dedicar à PPR este ano, em relação às demais reivindicações dos metalúrgicos.

A diretoria do Sindicato sabe que um bom PPR pode ajudar no orçamento familiar. Mas trata-se de uma remuneração variável, de valor incerto, que não é incorporada ao salário fixo e com o qual o trabalhador pode contar, no máximo, duas vezes por ano.

O PPR não pode, de forma alguma, prejudicar lutas por aumento real de salários, grade salarial, redução de jornada, melhores condições de trabalho, mais empregos de qualidade (e não subempregos), proteção à saúde do trabalhador, combate ao assédio moral e redução da rotatividade dos postos de trabalho nas indústrias, entre outros desafios.

A questão da saúde, principalmente, está estreitamente ligada ao PPR, pois a busca de resultados, impostos pelos patrões para o pagamento do prêmio, tem gerado cada vez mais acidentes e casos de estresse nos metalúrgicos, além de criar um ambiente individualista, desagregador, de disputa. O comportamento sociável, coletivo, natural do ser humano, é deixado de lado quando o PPR se sobrepõe às demais necessidades dos trabalhadores.

OBS: Artigo publicado originalmente na Folha Metalúrgica, edição 629, na coluna “Palavra da Diretoria, Pág. 2

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