O presidente do Aeroclube de Sorocaba, tenente-coronel da Polícia Militar Marcos Antonio Ramos, e outros dois diretores da entidade foram indiciados por suspeita de estelionato e associação criminosa em inquérito da Polícia Civil enviado ontem à 1ª Vara Criminal de Sorocaba. A informação foi confirmada ontem pelo delegado seccional de Polícia, Marcelo Carriel. A defesa da entidade nega a acusação.
Conduzido pelo delegado de polícia Alexandre Cassola, o inquérito foi aberto em outubro do ano passado para apurar acusações de irregularidades cometidas pelo aeroclube e que foram formuladas num dossiê encaminhado por alunos pilotos de cursos de pilotagem realizados pela entidade.
As denúncias de irregularidades indicaram a venda de cursos práticos de pilotagem, com número de aulas que não eram cumpridos na totalidade. Por exemplo, um aluno contratava curso de 40 horas de aulas e só metade era cumprida.
Carriel disse que, no relatório final do inquérito, a Polícia Civil solicitou o afastamento e a proibição de que o presidente do aeroclube e toda a diretoria entre no recinto do local para “cessar esse estado de coisas ou essas irregularidades”. Agora, o Poder Judicíário e o Ministério Público são os órgãos que vão se pronunciar sobre a questão.
Defesa rebate acusações
O advogado Osvaldo Guitti, que representa os indiciados, disse em entrevista à imprensa que “as acusações são totalmente infundadas, é absurda essa acusação”. Segundo ele, “a investigação foi feita de uma forma açodada, absolutamente rápida, ouvindo somente um lado”. E acrescentou: “Os alunos estão voando, estão fazendo as suas aulas de voo.”
A reportagem também procurou o presidente do aeroclube, que não foi localizado. O aeroclube por volta das 20h estava fechado.
