Dos sete integrantes da CPI, só três participaram da audiência ontem na Câmara
O sócio-diretor da ECL Engenharia e Construções, Sabino Freitas Correia, faltou a uma audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba. A empresa é acusada na Justiça pelo (Saae) de ter recebido R$ 10 milhões a mais por obras que abandonou antes que fossem concluídas. Ela foi contratada para realizar as obras do coletor-tronco do Pirajibu e a Estação de Tratamento de Esgoto de Aparecidinha. “Essas obras até hoje se encontram paralisadas. São cerca de R$ 45 milhões que estão em jogo”, disse o presidente da CPI do Saae, Carlos Leite (PT).
Em correspondência recebida pela Câmara no último dia 26 e lida ontem na audiência, representado pelo advogado Fernando Menezes, o empresário Sabino Correia disse que está disposto a atender a convocação da CPI e colaborar com as investigações, porém, isso deve ser feito na cidade onde ele vive, em Brasília. O presidente da CPI informou que os vereadores que integram a comissão vão estudar três possibilidades: a de membros da CPI se deslocarem até Brasília para gravar o depoimento; fazê-lo por meio de carta precatória para que os depoimento sejam coletado em Brasília; avaliar a possibilidade de acionar a Justiça para que o empresário seja judicialmente convocado a depor em Sorocaba. “Sabemos que a viagem de Brasília a Sorocaba não é tão demorada e ele como um empreendedor, que já teve obras em Sorocaba e possui representantes jurídicos na cidade de São Paulo poderia comparecer para prestar depoimento.”
Ainda segundo o presidente da CPI, “ele (o empresário) disse para nós que tinha muito a informar e talvez não seja a ECL culpada pelo rombo financeiro. Queremos saber o que a empresa tem a dizer, pois as obras continuam paradas, como vimos na represa do Clemente, na ETA do Cerrado, na ETE Aparecidinha, apesar do dinheiro ter sido pago.” Destacou que em princípio o empresário teria se prontificado a comparecer na audiência, mas que depois desistiu.
A próxima audiência será com representantes das empresas que integram a ETE Valo de Oxidação do Éden, com data a confirmar para o dia 7 e na sequência. No dia 11 será a vez do diretor-geral do Saae, Adhemar Spinelli, depor. Dos sete vereadores que são membros da CPI do Saae, só participaram da audiência de ontem o presidente Carlos Leite, o relator Pastor Apolo (PSB) e Izídio de Brito (PT).
