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1º de Maio

Dia do Trabalhador é comemorado com ato de resistência em SP

Mais de 100 mil pessoas participaram do tradicional ato em homenagem ao Dia do Trabalhador, que aconteceu no domingo, dia 1º de maio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

A voz das ruas: A mobilização dos trabalhadores deve continuar para barrar o processo de golpe

Mais de 100 mil pessoas participaram do tradicional ato em homenagem ao Dia do Trabalhador, que aconteceu no domingo, dia 1º de maio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. O evento foi realizado pela CUT e demais entidades que compõem a Frente Brasil Popular.

Durante o ato, o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, falou sobre a importância do Dia do Trabalhador. “Este 1º de maio acontece em um momento histórico, no qual estamos sofrendo um ataque à democracia brasileira. Estamos aqui para estimular os trabalhadores a se manter na resistência, porque nós temos uma grande luta pela frente”, afirmou.

A presidente Dilma Rousseff (PT) discursou sobre a tentativa de golpe contra o seu mandato e afirmou que resistirá até o fim.

“O golpe é contra a democracia, contra conquistas sociais. É dado também contra investimentos estratégicos no país, como o pré-sal. O mais grave é que impediram o Brasil de combater a crise econômica e o crescimento do desemprego. Eles vão aprofundar a crise. Quero dizer uma coisa para vocês: vou resistir, eu vou resistir e lutar até o fim”, assegurou.

A presidente falou ainda sobre conjuntura política atual e anunciou novas medidas que serão adotadas no atual governo, como reajuste do Bolsa Família e da tabela do Imposto de Renda.

Apresentações

Após discursos das liderança, a atividade contou com apresentações musicais como a banda Detonautas Roque Clube, Chico César, Martinho da Vila e Beth Carvalho.

Na ocasião, o vocalista da banda, Tico Santa Cruz, discursou contra o golpe e empunhou bandeira de diversos movimentos sociais como, Movimento LGBT, Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), Frente de Luta por Moradia (FLM), União da Juventude Socialista (UJS) além de outras bandeiras com a da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

“Temos que manter a defesa da democracia deste país, ninguém deve recuar e nem abaixar a cabeça para esses fascistas que estão por ai. Nós temos que manter a inteligência, a nossa integridade, plantar, seguir e fazer o bem”, declarou o músico Tico Santa Cruz.

Depoimentos

“Nós vemos nitidamente que tem um grupo que está insatisfeito com as conquistas que houve nos últimos 13 anos no Brasil, onde o pobres, pretos, as mulheres, os indígenas – que foram excluídos historicamente – passaram a ter oportunidades, a serem inseridos e ter direitos sociais, o que ainda é um começo, porque a gente precisa avançar muito”. Suzane da Silva, estudante de Medicina

“Tivemos uma manifestação simplesmente fantástica, pois a presidente Dilma Rousseff fez um dos discursos mais brilhantes da vida dela, onde ela explicou com muita clareza o porquê ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Vamos ajudá-la a transformar o Brasil em uma nação justa e civilizada”. Eduardo Suplicy, ex-senador

“Diante do conservadorismo hegemônico na sociedade e agora extremamente organizado no parlamento, que inclusive tenta tomar de assalto o Governo Federal e o Executivo Nacional, diante dos riscos de grande retrocesso, não resta outra coisa a não ser a unidade das esquerdas, e esse ato representa isso, esse grande desafio que a gente tem pela frente, que é reorganizar a esquerda brasileira a partir de uma autocrítica severa”. Negro Belchior, colunista na Carta Capital e fundador do cursinho da UneAfro

“Eu queria destacar a importância da juventude brasileira se unir aos trabalhadores para defender os seus direitos, porque nós jovens temos um futuro pela frente e é esse futuro de oportunidades que está em risco neste momento, com o risco da democracia, coloca em risco também os nosso direitos”. Carina Vitral, estudante de economia na PUC-SP e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE)

“Aqui é o dia internacional dos trabalhadores, não é o dia do trabalho, como a elite alienadora fala. É um dia de reflexão, de fortalecimento da nossa luta, sobre tudo nesse momento em que se arma um golpe contra a democracia”. Vicentinho, deputado federal (PT-SP)

“Tá rolando o primeiro de maio e, soberana é a voz das ruas. Devemos ouvir sempre a voz do povo, e o povo não quer golpe. O povo já sabe que esse golpe é sabotagem”. Toni-C, escritor

“Este ano foi especial, pois tivemos a presença da presidenta Dilma, que está sofrendo um processo de golpe, um golpe parlamentar, como eles estão criando agora. Nós temos uma grande luta pela frente ainda”. João Cayres, secretário-geral da CUT/SP

Clique aqui e confira a galeria de fotos do ato.

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