A Santa Casa de Sorocaba, que está sob administração do município desde a requisição realizada em janeiro de 2014, deve iniciar o processo de transição para ser administrada novamente pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba no dia 1º de novembro. A informação foi dada pelo atual gestor do hospital, o médico José Luiz Pimentel, durante audiência pública de prestação de contas realizada na manhã desta sexta-feira (21), na Câmara Municipal. Os únicos parlamentares presentes foram Izídio de Brito, que presidiu a audiência, e Carlos Leite, ambos do PT.
Segundo Pimentel, após a definição da nova diretoria da Irmandade, que está prestes a ser concluída, será dado início a devolução da Santa Casa para a rede privada. O processo de transição, afirma, deve durar entre 30 e 40 dias e isso ocorre por conta dos vários contratos de prestação de serviços que foram assinados através de licitações da Prefeitura. “Como nunca utilizamos o registro da Irmandade, demora um certo tempo para transferir todos os contratos de forma regular.” Ele afirma que durante a transição os atendimentos não devem sofrer nenhuma interferência. A previsão é de que até janeiro, quando o novo prefeito assumir, a Santa Casa já não esteja mais sob requisição.
Durante a audiência, o médico disse que após a Irmandade retomar a gestão do hospital, o número de vagas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) será incerto. Atualmente a Santa Casa tem 163 leitos credenciados, ou seja, financiados pelo Ministério da Saúde. O total de leitos disponíveis, porém, afirma Pimentel, é de 181. As 18 vagas de internação a mais, explica, são custeadas pelo município. ” A Santa Casa é um hospital particular e voltando para a Irmandade, o número de leitos será redefinido com o Ministério.” De acordo com o administrador, as vagas podem aumentar ou diminuir, pois depende do que a diretoria considerar possível atender com o valor que for oferecido.
Com a devolução do hospital para a Irmandade, o atual Conselho Gestor, composto por seis pessoas, incluindo Pimentel, será extinto. Entre os integrantes desse grupo, quatro são funcionários municipais, que retomarão deus cargos e o administrador e um outro membro, que são comissionados, não terão mais nenhuma função. Sobre os cerca de 700 funcionários da Santa Casa, que no segundo quadrimestre custaram mais de R$ 7,5 milhões, o gestor afirmou que não deve haver mudança.