O veto total ao projeto, que declara de utilidade pública para fins de desapropriação imóvel de propriedade da empresa Gerdau, começou a ser discutido na sessão da última quinta-feira, dia 4, mas não chegou a ser votado devido ao fim do tempo regimental. A autoria do projeto é do vereador José Crespo (DEM).
De acordo com a justificativa do veto, não há dotação orçamentária para executar a desapropriação do imóvel, localizado na rua Padre Madureira, 431, no bairro Árvore Grande, em Sorocaba. O vereador Crespo argumentou pela derrubada do veto, salientando a importância social do projeto que, como lembrou, foi aprovado por unanimidade pelo plenário da Câmara.
O autor destacou que a proposta surgiu quando a empresa Gerdau anunciou o fim das atividades na unidade local, ao lado do Rio Sorocaba e da ferrovia. O objetivo é utilizar a área para a implantação de um complexo multimodal de passageiros que inclua rodoviária, terminal de integração de ônibus e BRTs e estação central do VLT. Crespo explicou que a região tem vocação para projeto de mobilidade urbana, mas poderia também ser utilizada para outra finalidade. Afirmou ainda que não se trata de um projeto de desapropriação e sim de declaração de utilidade pública para possível futura desapropriação.
Sobre o veto, o vereador Marinho Marte (PPS) reiterou o que classifica como desrespeito do Executivo com o Legislativo com relação ao grande número de projetos vetados neste ano. Devido ao fim do tempo regimental, o veto total continua em discussão e abrirá a pauta da próxima sessão ordinária na terça-feira, dia 9. O projeto foi o único discutido durante a ordem do dia.
Durante a sessão foram ouvidos representantes do Serviço de Verificação de Óbitos, convidados através de ofício pelo presidente da Casa, Claudio do Sorocaba I (PR), conforme solicitado por Marinho Marte.