Assembleias foram realizadas com os trabalhadores dos três turnos da ZF do Brasil Planta 2 (Lemforder)
Para tratar dos principais desafios para 2022, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) estiveram na ZF do Brasil Planta 2 (antiga Lemforder), nesta quarta-feira, 23, nos três turnos, para conversar com os trabalhadores. Pauta com as demandas que serão levadas para discussão com autopeça foi aprovada na assembleia.
O impasse sobre o convênio médico, melhorias na grade salarial e o início das negociações do Programa de Participação nos Resultados (PPR) estão entre as reivindicações específicas que foram destacadas como prioridade pelos membros do Comitê Sindical da Empresa (CSE), Anderson da Silva (Copinho) e Fábio Rossy Nogueira Fonseca.
Além disso, outra questão mencionada foram as denúncias recebidas pelos dirigentes de assédio moral relatados por trabalhadores, que estão sendo apuradas. “Infelizmente, temos recebido denúncias tanto da Planta 1 como da Planta 2. Todos os relatos estão sendo apurados e vamos cobrar uma solução imediata contra esses possíveis abusos de chefias e encarregados”, assegurou Fábio Rossy, coordenador do CSE da ZF Planta 2.
Leandro Soares, presidente do SMetal e membro do CSE da ZF, destacou a importância da mobilização contra as políticas que atacam os direitos da classe trabalhadora
Leandro Soares, presidente do SMetal e membro do CSE da autopeça, destacou a importância de os trabalhadores denunciarem irregularidades dentro da fábrica. “Se tivemos tantas conquistas nos últimos anos é porque os metalúrgicos da ZF acreditam na luta do Sindicato e trazem as suas reivindicações até os dirigentes, o que dá embasamento para as nossas cobranças. É assim, unidos, que se garante bons acordos e que conseguimos impedir abusos no local de trabalho”, garantiu.
Ataques à classe trabalhadora
O presidente do SMetal reforçou ainda que, além das pautas específicas da categoria, a luta constante e mobilização contra as políticas que promovem ataques aos direitos da classe trabalhadora é outro papel fundamental do Sindicato. “Como foi com a Reforma Trabalhista, que prometeu gerar empregos e não cumpriu, um deputado bolsonarista apresentou recentemente uma proposta que reduz um direito tão importante, que é a multa sobre o FGTS”.
Ele se referiu ao projeto de lei do deputado Nereu Crispim (PSL/RS), que propõem a redução da indenização sobre o FGTS dos atuais 40% para apenas 25% quando o trabalhador é demitido sem justa causa; e para 10% nos casos de demissão por culpa recíproca ou força maior. A proposta do parlamentar tramita na Câmara dos Deputados em caráter conclusivo, sem a necessidade de passar pelo plenário.
“A proposta do FGTS está tramitando nas Comissões e, se passar, já era, vai deixar o trabalhador na mão num momento tão difícil. Além de ser demitido e ficar na dúvida de como colocar comida na mesa dos seus filhos ou pagar dívidas, o trabalhador vai perder um direito que foi garantido pelo seu árduo trabalho realizado durante todo o ano”, critica.
Leandro enfatizou, ainda, a importância que as eleições 2022 têm para a classe trabalhadora. “Os trabalhadores nos elegem representantes sindicais para lutar por seus direitos. Se nós, enquanto Sindicato, não cumprirmos esse papel, com certeza ,o metalúrgico vai dar baixa na sua filiação e não votam mais em nós. Temos que levar a mesma lógica para política e tirar do poder quem não está comprometido com nossos direitos”.
Ele completa que o Sindicato está pronto para defender a categoria. “Seja na esfera sindical ou na esfera política, estamos preparados para defender os direitos dos trabalhadores e garantir avanços, como sempre fizemos. Precisamos entender que os políticos que nós elegemos são quem criam e votam as leis que afetar nosso dia a dia, nossos. Por isso, votam em quem luta por nós é um compromisso de todos “.
