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Tucanato Paulista

Deputados do PT querem CPI para investigar propinoduto

Parlamentares da região se posicionam sobre escândalo

Imprensa SMetal
Divulgação

Capas da revista IstoÉ que denunciaram o rombo de quase meio milhão nos cofres do estado

Nos últimos dias, a bancada do PT na Assembleia Legislativa pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a responsabilidade ou omissão de agentes públicos e políticos do PSDB relacionados às denúncias de formação de cartel entre empresas para obras e manutenção de equipamentos do Metrô e da CPTM.

De acordo com reportagem publicada há duas semanas pela revista IstoÉ, com base em denúncia da multinacional Siemens feita ao Cade por meio de delação premiada, o cartel teria promovido um esquema de corrupção que envolve o governo do estado de São Paulo, liderado pelo PSDB, desde a gestão Mário Covas, passando pelas gestões José Serra e Geraldo Alckmin.

Entre os deputados estaduais da região, apenas o deputado Hamilton Pereira (PT) já assinou o pedido de abertura da CPI. O deputado Carlos Cezar (PSB) e a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) disseram que a decisão depende de orientação de seus respectivos partidos.

Segundo Hamilton, uma das principais prerrogativas do Poder Legislativo, além de fazer lei, é também fiscalizar os atos do Executivo. “Diante das denúncias sobre o ‘propinoduto’ e formação de cartel com fartos elementos, agora feitas pela própria empresa que atua no transporte de trens, temos a obrigação de investigar”, afirma Hamilton.

“Denúncias graves”

O deputado estadual Carlos Cezar (PSB) considera as denúncias graves e, segundo ele, precisam ser apuradas rapidamente. “Obviamente que se o Estado for lesado, precisa ser ressarcido e se há algum agente político envolvido, o mesmo terá de ser punido exemplarmente”, afirma.

Quanto ao pedido de abertura de CPI, Cezar afirma que a decisão ainda dependerá da orientação de seu partido. “Posso afirmar que me reunirei com a bancada do meu partido, o PSB, a fim de avaliarmos qual decisão tomar sobre a questão”.

Posição oculta

Já a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) preferiu não revelar seu posicionamento em relação à CPI bem como comentar as denúncias que atingem o seu partido. “Não vou tomar nenhuma decisão isolada do meu partido. Esse encaminhamento vai depender da bancada do PSDB, cuja reunião prevista para esta terça (dia 6) foi remarcada para amanhã (dia 7)”, declarou.

A deputada Rita Passos (PSD), de Itu, foi contatada e os questionamentos enviados por e-mail a pedido de sua assessoria de imprensa, porém até o fechamento desta edição, nenhuma das perguntas foi respondida.

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