Dos cinco deputados eleitos por Sorocaba e região convidados para uma audiência pública sobre a dengue, realizada na Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira, dia 10, três enviaram apenas representantes e outros dois sequer deram satisfação sobre a ausência.
Os deputados que ignoraram a audiência foram o federal Vitor Lippi e a estadual Maria Lúcia Amary, ambos do PSDB. Já os parlamentares que também não compareceram, mas enviaram representantes, foram Jefferson Campos (PSD), Carlos Cezar (PSB) e Raul Marcelo (PSOL).
Um dos principais objetivos da audiência, convocada pelo vereador Waldecir Morelly (PRP), era justamente pedir que os deputados locais intercedessem junto aos governos estadual e federal no combate à dengue em Sorocaba.
Compuseram a mesa da audiência o próprio Waldecir, que presidiu o evento; a diretora de Vigilância em Saúde, Daniela Valentim; o secretário da Saúde, Francisco Fernandes, e os vereadores Izídio de Brito (PT) e Wanderley Diogo (PRP) e os assessores de deputados. A vereadora Neusa Maldonado (PSDB) participou do debate.
Izídio lamentou a ausência dos deputados do PSDB e afirmou que eles costumam faltar aos convites feitos pela Câmara. Ele considerou a ausência e a falta de justificativas “uma falta de respeito com a Casa”.
O vereador petista também afirmou que a epidemia tem como causa a falta de ações preventivas e que a prefeitura não deveria tentar responsabilizar a União por falhas locais; e sim focar mais na prevenção, inclusive já para o próximo ano.
Dois médicos
Na audiência, o secretário de Saúde confirmou que a ajuda do governo do estado, solicitada pela prefeitura em março, vai se limitar a fornecer dois médicos do exército para trabalhar no Centro de Monitoramento da Dengue da zona norte, que deve começar a funcionar na próxima semana.
Sorocaba contabiliza 37.914 casos de dengue desde o inicio do ano. A doença já afetou quase 6% (5,95%) dos 637 mil sorocabanos. O balanço foi divulgado dia 8 pela prefeitura.
Foram confirmadas 11 mortes até agora devido à doença, enquanto outras 15 ainda estão sendo investigadas pelo Instituto Adolfo Lutz. Dessas 15, oito já tiveram confirmação em exames locais.