O deputado federal Vitor Lippi (PSDB) votou a favor do projeto da terceirização, na Câmara dos Deputados. Não foi à toa. Ele, assim como Jefferson Campos (PSD), Herculano Passos (PSD) e Missionário José Olímpio (PP), foram eleitos pela Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), mas demonstraram representar somente a classe empresarial.
Durante a campanha eleitoral para o parlamento, Lippi, ex-prefeito de Sorocaba, recebeu R$ 200 mil de doação justamente de uma empresa do ramo da terceirização, a Litucera, que integra o Consórcio Sorocaba Ambiental e está disputando a licitação de serviço de coleta de lixo em Sorocaba.
Essa mesma empresa foi alvo de investigação de CPI, na Câmara, no ano passado, por problemas com a coleta e destinação do lixo na cidade.
Jefferson Campos, também de Sorocaba, foi outro que pediu voto de trabalhadores, especialmente evangélicos, para se eleger; e agora votou pela redução de direitos dos assalariados.
Já o deputado Herculano Passos, de Itu, recebeu R$ 10 mil em doações de Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
José Olímpio, também de Itu, é citado na operação Lava Jato, que investiga a corrupção na Petrobras.