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Empoderamento

De Recife para todo o Brasil: a energia e o poder da mulher no baque

“O candomblé, as brincadeiras de terreiro sempre foram perseguidas, precisamos nos fortalecer”, afirma Tenily, uma das fundadoras do Baque Mulher

Imprensa SMetal
Foguinho/ Imprensa SMetal
A yebá Tenily Guian é uma das fundadoras do Baque Mulher

A yebá Tenily Guian é uma das fundadoras do Baque Mulher

O som é do maracatu, o movimento é das mulheres. Tenily Guian é a yebá – a guardiã do axé, do orixá, uma das fundadoras do Baque Mulher, em Recife.

Junto com mestre Joana e outras guerreiras, fundaram um movimento que comemora 10 anos em seu 3º Encontro Nacional em Sorocaba. A programação que iniciou no dia 29 segue até domingo, 2, com atividades no SMetal e no Sesc.

No SMetal as batuqueiras têm hospedagem e fazem oficinas, além de ensaios. Pelo Brasil afora são mais de 300 mulheres que com dança e batuque conquistam espaços abordando o empoderamento feminino.

Mas a luta foi dura. Quando elas fundaram o Baque Mulher, as nações do maracatu proibiam mulher no baque. “Era permitido participar de uma nação só se fosse para cozinhar, dançar, pro baque não”, conta a yebá, em entrevista à imprensa SMetal, em frente ao auditório onde ocorria o ensaio.

O apito da Mestre Joana dita o ritmo. As caixas, agbê, timbaus, bombos e gonguês são os instrumentos das mulheres de todas as idades, crenças religiosas. “Basta querer e ser mulher pra entrar pro movimento”, diz a yebá, que vive entre Recife e Rio de Janeiro.

Questionada sobre as mudanças nesses 10 anos, a yebá Tenily cita o entendimento de que “não somos rivais, não temos que disputar entre nós e sim, desfrutar”.

Ela chegou nesta sexta-feira, 30, em Sorocaba e se juntou às atividades. No domingo, dia 2, às 17h, será a apresentação final no anfiteatro no Sesc. Entrada gratuita.

Programação

Sábado, 1:

Das 10h às 12h: oficinas no Sindicato para inscritas

Das 14h às 15h30: roda de conversa com as mulheres do Baque de Recife, no sindicato

Das 17h às 18h: oficina de dança, no Sesc

Das 17h às 19h: roda de conversa com mestre joana no sindicato

Domingo, 2:

Das 10h às 12h: rodas de conversa no sindicato

das 17h às 18h: apresentação do Baque no anfiteatro do Sesc

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baque encontro mulher nacional
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