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De olho no PIB e no emprego, governo amplia política de desoneração da folha

Mantega, da Fazenda, afirmou que o governo vai tomar as medidas necessárias para manter a inflação sob controle. Ele aposta em uma safra melhor para conter preços dos alimentos

Rede Brasil Atual
Antônio Cruz/ABr
De acordo com ministro Mantega, as desonerações da folha de pagamento vão atingir outros setores

De acordo com ministro Mantega, as desonerações da folha de pagamento vão atingir outros setores

A anunciada desoneração na folha de pagamento para mais 14 setores, estendendo o total a 56, é a “parte importante” da reforma tributária, segundo o Ministério da Fazenda. O governo enfrenta o desafio de, ao mesmo tempo, buscar expansão maior do Produto Interno Bruto (PIB), aumentar a competitividade das empresas brasileiras, proporcionar meios para aumentar o emprego e reduzir o custo da produção sem atingir direitos trabalhistas. O anúncio feito hoje (5) coincide com a informação, pelo IBGE, de que a produção industrial recuou de janeiro para fevereiro em 11 dos 14 locais pesquisados. No primeiro bimestre, a atividade cresceu em metade dos locais.

O governo espera que as desonerações também provoquem aumento dos investimentos. Segundo disse o ministro Mantega, a ideia é chegar a uma “desoneração completa da folha de pagamento”. Para esses 14 novos setores, nos quais a medida começará a valer em 1º de janeiro de 2014, a área econômica estima uma renúncia fiscal de R$ 5,4 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões para segmentos de indústria, construção e engenharia, R$ 1,8 bilhão em transporte e R$ 1,3 bilhão para empresas de comunicação social.

Pelas medidas anunciadas, os 14 setores terão eliminada a contribuição previdenciária de 20% na folha. Em vez disso, a empresa pagará alíquota de 1% ou 2% sobre o faturamento.

De acordo com Mantega, as desonerações da folha de pagamento vão atingir outros setores, que estão sob avaliação. O governo também estuda ainda reduções de PIS/Cofins.

Enquanto mantém sua política de desoneração, o governo mantém olho e lupa nos indicadores. Na quarta-feira que vem, por exemplo, sai o IPCA de março, que ainda deverá se manter na desconfortável faixa de 6% em 12 meses. Mas a expectativa já se forma em relação à divulgação do PIB do primeiro trimestre, em 29 de maio.

Alimentos e inflação

Mantega disse que o governo deverá tomar todas as medidas necessárias para manter a inflação sob controle. “O governo está atento e não permitirá que a inflação fuja do controle”, disse, justificando a elevação dos preços com as condições climáticas desfavoráveis para a agricultura, como a seca. “Estamos esperando uma safra melhor e os preços de alimentos deverão voltar a cair para um patamar mais razoável nos próximos meses”, disse. Ele lembrou que o país deverá colher uma safra recorde este ano. O ministro destacou ainda que a taxa de inflação no país está caindo a cada mês e que o IPCA mostra trajetória descendente.

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