A Central Única dos Trabalhadores (CUT) celebra, neste 28 de agosto, 41 anos de uma trajetória marcada por reivindicações, lutas e conquistas – seja no campo do trabalho, seja na defesa intransigente da democracia.
Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu sob um regime militar que restringiu direitos, perseguiu opositores e censurou a imprensa. No fim dos anos 1970, a reorganização da sociedade civil começou a enfraquecer a ditadura, abrindo caminho para a redemocratização.
A Central Única dos Trabalhadores surgiu nesse contexto social e político do país. Ela foi criada em 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo, São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Mais de cinco mil trabalhadores de diversas regiões do país marcaram esse momento que mudaria a história sindical. Assim, a CUT surgiu como um instrumento de luta e representação para garantir a presença organizada dos trabalhadores na política nacional.
A entidade tem como pilares o fortalecimento da democracia, o desenvolvimento com distribuição de renda e a valorização do trabalho. Ela reafirma sua histórica luta pela universalização dos direitos, atuando na construção de políticas públicas e ações afirmativas voltadas para mulheres, jovens, pessoas com deficiência e combate à discriminação racial.
SMetal faz parte dessa história
O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) é filiado à CUT desde 1983 e, por isso, se propõe a ser uma entidade que contribui com o propósito do fortalecimento da classe trabalhadora, por meio de solidariedade às lutas de outras categorias profissionais.
Desde 2023, o vice-presidente do SMetal, Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), é também o secretário estadual de Saúde do Trabalhador da CUT-SP. E, na subsede de Sorocaba, os dirigentes sindicais Nazaré Inocência da Silva e Joel Américo de Oliveira fazem parte da coordenação.
Principais lutas em 2024
A volta de Lula à presidência, para um terceiro mandato, marcou o início de um processo de reconstrução dos projetos sociais importantes que foram devastados por seu antecessor. Muitos destes projetos têm afinidades com os anseios da entidade, outros são lutas que a CUT defende historicamente. Mas que ainda precisam de uma robustez maior e, para tal, é imperativo um substancial aporte de recursos financeiros.
Por isso, em 2024, uma das principais lutas da entidade é contra a alta da Selic (taxa de juros oficial do país), que vem atravancando o processo de reconstrução social e econômica do país, desde que o Banco Central (BC) se tornou independente em 2021, pelo governo anterior, e que ainda colocou no seu comando o neoliberal econômico, Roberto Campos Neto, que vem deixando a taxa de juros no Brasil como a segunda maior do mundo, apesar do controle da inflação e dos bons resultados econômicos que o país vem obtendo.
A CUT sabe e é testemunha de que as medidas econômicas adotadas pelo governo federal vêm derrubando os índices de inflação, que a taxa de desemprego vem caindo, que o país, novamente, está saindo do mapa da fome e que não faz sentido tal medida que só beneficia banqueiros e agentes financeiros.
*Com informações de Luiz R Cabral, do Portal CUT