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CPI das Obras Atrasadas

CPI responsabiliza Lippi pelas 48 obras atrasadas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as 48 obras atrasadas ou paradas concluiu ontem o relatório final responsabilizando principalmente o ex-prefeito Vitor Lippi (PSDB)

Jornal Cruzeiro do Sul
Luiz Setti

Membros da CPI finalizaram ontem o relatório sobre as obras

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as 48 obras atrasadas ou paradas concluiu ontem o relatório final responsabilizando principalmente o ex-prefeito Vitor Lippi (PSDB). Para a CPI, Lippi teria agido para criar uma imagem de “”competência e pujança”” administrativa, mesmo sabendo que as obras não seriam concluídas até o final do seu governo, a fim de garantir a eleição de seu sucessor, “num atropelo de gestão, que descompassou as finanças municipais”, cita o relatório.

Lippi, que atualmente preside o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), nega a acusação e rebate que a CPI tem propósito político, sendo comandada por grupo de oposição.

O presidente da CPI, José Crespo (DEM), lembrou que no ano passado a cidade ficou cheia de tubos e obras que foram iniciadas e desativadas, depois das eleições. Disse que a falta de projetos executivos revelou, após o início das obras, que elas custariam bem mais e enfatizou que a Prefeitura pagou antecipadamente para as empresas. Crespo lembrou, ainda, que equipamentos foram pagos para serem instalados na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Aparecidinha e até hoje não estão lá. Citou que a Prefeitura desapropriou uma área nas proximidades do viaduto dos Ferroviários para a construção do CEI-16, mas fez a licitação da mesma com endereço na Árvore Grande.

Lippi se defende e afirma ter agido com “”seriedade, dentro da legalidade e cumprindo o papel como prefeito”. E considera que a análise da CPI é tendenciosa e parcial e destacou que houve atraso em 7% das obras realizadas no governo dele. Sobre a falta de equipamentos na ETE Aparecidinha, o Saae informa, em nota, que uma sindicância interna está em andamento para identificar possíveis falhas e eventuais responsáveis. O Saae também ingressou na Justiça para apurar se houve divergência entre o que foi pago à empreiteira e o executado pela mesma e ainda que rescindiu o contrato com a empresa, para abrir nova licitação e concluir a ETE. Já a Prefeitura respondeu ontem que não tinha ainda conhecimento do relatório da CPI e, sendo assim, não poderia comentar a respeito.

Notícia publicada na edição de 20/09/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A

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